Dados do Trabalho


Título

Macrocisto intrarretiniano hematico simulando melanoma de coroide

Introdução

Mostrar um caso de um macrocisto intrarretiniano hemático que foi equivocadamente diagnosticado como melanoma com encaminhamento ao nosso serviço para enucleação.

Método

Paciente feminino de 33 anos, com queixa de baixa acuidade visual progressiva indolor de olho direito (OD) ha 3 anos . Nega antecedentes de importância.

Ao exame, acuidade visual foi de movimentos de mãos em OD e 20/20 de OE (-1,00 DE) . O exame de biomicroscopia e a pressão intraocular normal em ambos os olhos. Em OD apresentava defeito aferente relativo.

Na oftalmoscopia indireta, lesão sobrelevada subretiniana pigmentada de forma oval, de 6 diâmetros papilares, dialise periférica temporal superior e linhas de demarcação superior e nasal a papila.

O exame de ultrassonografia modo A, se observa um pico inicial e um pico final de alta refletividade, no seu interior se observa picos de baixa refletividade com uma tendencia de elevação progressiva junto a parede posterior da lesão.

Em modo B se observa imagem ovalada junto a parede posterior temporal inferior, com paredes lisas, interior com ecos puntiformes homogêneos de baixo brilho. Adjacente a lesão, ecos membranáceos brilhantes afastados da parede ocular.

Resultados

Após 6 meses da cirurgia de vitrectomia via pars plana associado a drenagem do liquido subretiniano, sem drenagem do cisto, e fotocoagulação 360 graus, a evolução mostrou reabsorção completa do cisto e recuperação anatômica das camadas da retina, porem, sem melhora funcional mantendo acuidade visual de movimentos de mãos.

Conclusões

Em nosso caso, o macrocisto hemorrágico foi equivocadamente diagnosticado como melanoma de coróide pelo aspecto pigmentada da lesão, porem na ultrassonografia modo A que mostrou uma imagem completamente oposta de melanoma, que mostrou a parede anterior e posterior do cisto representados por picos de alta refletividade e no seu interior picos de baixa refletividade com tendencia de elevação progressiva que simula uma imagem invertida de um melanoma.

O caso e um exemplo da importância diagnostica da ultrassonografia na investigação de lesões retinianas.

Área

RELATO DE CASO

Instituições

Instituto Oftalmologico Cema - São Paulo - Brasil

Autores

Jose Antonio Macedo Orbezo, Grecia Mariela Cano Huachin, Jose Carlos Eudes Carani, Silvio Paredes Lujan, Vitor Tavares da Silva Júnior, Felipe Martins Brandao , Danilo Arlt, Felipe Ribeiro Borges