Título

CORREÇÃO DE IRREGULARIDADE CORNEANA SECUNDÁRIA À TRAUMA OCULAR ATRAVÉS DE CERATECTOMIA FOTOTERAPÊUTICA E CIRURGIA REFRATIVA TOPOGUIADA: RELATO DE CASO

Introdução

A córnea é um tecido ocular caracterizado por sua transparência e capacidade refrativa. Porém, opacidades corneanas, como as de origem pós-traumática, podem comprometer essas características.(1)Assim,medidas terapêuticas, como a Ceratectomia Fototerapêutica (PTK) são utilizadas para a remoção dessas lesões.(2) Além disso, alguns pacientes ainda podem apresentar aberrações de alta ordem, tendo a Ceratectomia Fotorreativa (PRK) grande utilidade por promover remodelamento da superfície corneana.(3)

Método

Paciente, sexo feminino, 20 anos, admitida com opacidade em córnea em olho esquerdo(OE) secundária a trauma perfurante aos 10 anos de idade com lápis. Apresentava Acuidade Visual de Longe(AVL) de 20/20 em olho direito(OD) e 20/200 em OE, com correção de -0,75 DE -1,75 x 145DC em OD e +1,50 DE -4,00 x 180DC em OE. Biomicroscopia do OE apresentava opacidade paracentral acometendo estroma anterior, com irregularidade em superfície e espessamento epitelial. Fundoscopia sem alterações em ambos os olhos. Realizadas Microscopia Especular, Topografia e Tomografia corneanas (pentacam). Ao realizar teste com Lente de Contato Rígida(LCR) em OE, apresentou AVL de 20/20-2. Diante os exames, foi submetida à Ceratectomia Foterapêutica Transepitelial(PTK) e posteriormente à Ceratectomia Fotorreativa(PRK) Topoguiada Terapêutica. Evoluiu no pós-operatório com discreto haze perilesional, com resolução cerca de 3 meses após a realização do procedimento, apresentando AVL de 20/25 em OE, com correção de +1,00 DE -4,00x10DC.

Resultados

A presença de opacidades corneanas pós-traumáticas são uma das etiologias que impossibilitam que a córnea exerça sua funções adequadamente(1). Para resolução destas cicatrizes corneanas, o PTK consegue atuar através do excimer laser(4). Porém, alguns pacientes ainda podem persistir com irregularidades corneanas, originando aberrações de alta ordem que causam baixa acuidade visual. Para estes casos, pode-se utilizar o PRK guiado por Topografia. Por fim, o haze constitui-se como uma das sequelas pós-operatórias desta modalidade terapêutica (3), com a maior parte evoluindo para melhora espontânea alguns meses após o procedimento.

Conclusões

Este caso relata paciente portadora de leucoma pós-traumático, que inicialmente apresentou correção da opacidade com PTK, e posterior realização do PRK topoguiada para correção de parte da aberração de alta ordem. Paciente apresentou melhora significativa da AVL, por provável remodelamento epitelial, sem mudança na refração da paciente.