Título

TRATAMENTO DE HEMORRAGIA SUBHIALÓIDEA APÓS RETINOPATIA POR VALSALVA COM VITRECTOMIA VIA PARS PLANA – RELATO DE CASO

Introdução

A retinopatia de Valsalva corresponde a ruptura dos capilares retinianos superficiais devido ao aumento da pressão venosa intra-ocular após uma elevação abrupto da pressão intratorácica ou intra-abdominal e geralmente leva à hemorragia pré-retiniana na mácula. Tipicamente se apresenta com uma redução súbita da acuidade visual em um indivíduo hígido, tendo como possíveis causas: vômitos, tosse, esforço e atividades físicas, atividade sexual vigorosa, cirurgia dentária, episódios de constipação, tosse paroxística, entre outras.

Método

Apresentação de um caso clínico.

Resultados

Paciente do sexo masculino, 28 anos, sem comorbidades, com história de baixa de visão súbita e indolor em olho direito (OD) após atividade física intensa há 03 dias. Negava história de trauma. Com base na anamnésia e exames oftalmológicos fechou-se o diagnóstico de retinopatia por valsalva. Após um mês e meio adotando conduta expectante e não havendo regressão completa da hemorragia subhialóidea em região macular optou-se com vitrectomia via pars plana com implante de gás C3F8. Na evolução paciente apresentou recuperação total da visão após dois meses de pós-operatório passando de acuidade visual de movimento de mãos para 20/20 em OD. Até o presente momento o mesmo não apresentou nenhum tipo de complicação.

Conclusões

Na retinopatia por Valsalva, geralmente, opta-se por uma conduta conservadora. Quase todos os pacientes apresentam uma recuperação visual favorável, à medida que a hemorragia é reabsorvida. No entanto, esta reabsorção pode ser muito lenta e o contato prolongado da retina com a hemoglobina e seus catabólitos pode causar dano retiniano. Neste caso deve-se pensar em outras possibildades de tratamento e a vitrectomia passa a ser uma boa opção de tratamento em caso de hemorragia densa e reabsorção insuficiente. A melhora da acuidade visual após esse procedimento é significativa e imediata.