Título

MEDIDA DA ESPESSURA COROIDIANA PRE E POS TRATAMENTO DO EDEMA MACULAR DIABETICO COM DROGAS ANTI-VEGF

Introdução

Retinopatia diabética (DR) afeta mais de 90 milhões de pessoas em todo mundo causando significativa perda de visão, com edema macular e proliferativa retinopatia como as principais causas de deficiência visual. O volume sanguíneo coroidiano anormal e fluxo comprometido pode resultar em disfunção dos fotorreceptores e morte. Imagens aprimoradas de profundidade na tomografia de coerência óptica spectral domain (SD-OCT) permite melhor visualização da coróide e avaliação da espessura. Estudos clínicos demonstraram que a espessura da coroideia pode ser relacionados à gravidade da RD, e a presença de EMD está associada a uma diminuição da espessura da coroideia. Atualmente, a injeção intravítrea de anti-VEGF é o tratamento mais comum para EMD. Embora tenha sido demonstrado que melhora a acuidade visual, existem vários estudos sugerindo que poderia estar associado a uma diminuição na espessura da retina central. No entanto, existem poucos estudos investigando o efeito dessas drogas na coróide em pacientes diabéticos tratados com anti-VEGF.

Métodos

Análise retrospectiva, com revisão de prontuários, foi realizada para identificação de pacientes submetidos a tratamento com injeções intravítreas de anti-VEGF, no regime pro re nata, para tratamento de edema macular diabético. As medidas da espessura de coroide pré tratamento foi comparada com as medidas após acompanhamento de 6 meses.

Resultados

Trinta e nove olhos de 39 pacientes ( 15 femininos, 24 masculinos) foram incluídos, com idade média de 62.43 ± 8.7 anos (variando de 44 –79 anos). Trinta e três olhos foram tratados com ranibizumab e 18 com bevacizumab. O número médio de injeções de anti-VEGF foi 2.28 ± 1.27 (variando de 1–5). A medida média pré tratamento da espessura de coroide nasal, subfoveal e temporal foi 234.10 ± 8.63 μm, 246.89 ± 8.94 μm e 238.12± 8.20 μm, respectivamente. Após acompanhamento de 6 meses as medidas médias da espessura de coroide foram 210.46 ± 8.00 μm, 215.66 ± 8.29 μm e 212,43 ± 8.14 μm. A diferença entre as medidas médias pré e pós tratamento foi estatisticamente significante (p= 0.0327) em todos os pontos medidos.

Conclusões

Após um período de 6 meses, o uso de injeções intravítreas de anti-VEGF foi associado com diminuição significante da espessura de coroide nos pacientes com EMD. O significado clínico de uma coroide afinada nos pacientes com EMD é desconhecido mas pode causar eventos adversos a longo prazo para função da coroide e retina, representando uma área para futura investigações.

Palavras Chave

Coroide, Inibidores da Angiogênese, Injeções Intravítreas, Retinopatia Diabética, Tomografia de Coerência Óptica

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