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XX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UVEÌTES

XX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UVEÌTES

LOCAL: Espaço de Eventos Unimed - BELO HORIZONTE /MG | 09 a 11 de Março de 2017

Dados do Trabalho


TÍTULO

NEURORRETINITE SUBAGUDA UNILATERAL DIFUSA (DUSN): UM RELATO DE CASO

OBJETIVO

Discutir a importância do diagnóstico precoce da neurorretinite subaguda unilateral difusa (DUSN) e seus achados clínicos e eletrorretinográficos.

RELATO DO CASO

KLML, 13 anos, masculino, negro, estudante, natural e procedente da cidade de Igarassu, Pernambuco. Admitido na emergência deste serviço com história de baixa acuidade visual súbita em olho esquerdo, não apresentando alterações à fundoscopia. Paciente encaminhado ao ambulatório para acompanhamento. Ao momento da consulta clínica, paciente apresentava baixa de visão em olho esquerdo há 4 meses, acuidade visual de conta dedos a 50 cm. À fundoscopia, apresentava em olho esquerdo nervo óptico sem alterações, porém a mácula apresentava aspecto de metal batido, com presença de lesões hipocrômicas subrretinianas em arcada temporal superior, vítreo limpo.
Foram solicitados exames complementares com os seguintes resultados: Teste treponêmico: Negativo; VDRL: Negativo; Toxoplasmose IgG e IgM: Negativos; Toxocaríase: IgG positivo; IgM negativo; PPD: 4mm e Radiografia tórax: sem alterações.
O diagnóstico de DUSN foi dado após análise retrospectiva da história da doença e avaliação dos exames complementares acima.
Ao Eletrorretinograma, os resultados indicaram comprometimento  generalizado moderado a
importante  na retina do olho esquerdo abrangendo cones e bastonetes,  pior bastonetes que pode ser compatível com o diagnóstico de DUSN.
Iniciado tratamento com Albendazol 400 mg/dia por 30 dias. Ao final do tratamento, paciente apresentou resolução das alterações em retina.

CONCLUSÃO

A neurorretinite subaguda unilateral difusa (DUSN) é causada pela presença da larva de um parasita nematódeo, móvel, localizado no espaço subretiniano. Acomete jovens hígidos, não sendo precedida por alterações específicas. Nas fases iniciais podem ocorrer lesões ativas, esbranquiçadas e transitórias, o que poderia sugerir outras causas de uveíte. Na fase tardia há atrofia óptica e alterações do epitélio pigmentar da retina. O diagnóstico indubitável é dado pela visualização do parasita na retina e o tratamento, a partir da visualização do mesmo, é feito através da fotocoagulação da larva. Neste relato foi realizado tratamento sistêmico com resultado final satisfatório. O diagnóstico precoce de DUSN deve sempre ser lembrando por ser uma das causas de cegueira potencialmente tratáveis.

Palavras Chave

neurorretinite subaguda unilateral difusa (DUSN); baixa acuidade visual

Área

Úveites

Instituições

Fundação Altino Ventura - Pernambuco - Brasil

Autores

NATALIA DE CARVALHO DIAS, TIAGO ARANTES