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XX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UVEÌTES

XX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UVEÌTES

LOCAL: Espaço de Eventos Unimed - BELO HORIZONTE /MG | 09 a 11 de Março de 2017

Dados do Trabalho


TÍTULO

RELATO DE CASO DE OFTALMIA SIMPATICA POS VITRECTOMIA EM PACIENTE COM NECROSE RETINIANA AGUDA

OBJETIVO

Relatar um caso de oftalmia simpática (OS) desenvolvido por paciente após vitrectomia via para plana (VVPP) devido a quadro inicial de necrose retiniana aguda (NRA) que evoluiu com descolamento de retina. Visa também realizar uma revisão da literatura sobre o assunto, discutindo os aspectos epidemiológicos, diagnóstico e tratamento da OS.

RELATO DO CASO

Paciente masculino, 27 anos, apresentou baixa de acuidade visual (BAV) súbita e dor em olho direito com início há 7 dias. Previamente hígido. Ao exame: AVc/c de vultos em OD e 20/20 em OE. Biomicroscopia: OD com reação de câmara anterior ++/++++ e vítreo anterior com celularidade ++/++++. Sem alterações em OE. PIO: 18/14 mmHg. Fundoscopia: lesões de retinite granulares periféricas e confluentes, além de vasculite em OD. A hipótese de necrose retiniana aguda (NRA) foi aventada e foram solicitados exames complementares e iniciado tratamento em regime hospitalar incluindo aciclovir EV, AAS, corticoterapia e fotocoagulação a laser. Após 14 dias de tratamento e melhora do quadro inflamatório, o paciente recebeu alta. Permaneceu tratamento ambulatorial com aciclovir. Uma semanas após alta, o paciente retorna relatando BAV em OD. AVc/c: percepção de luz e 20/20. Fundoscopia difícil. Ao ECO-B evidenciou-se DR temporal. Então foi realizada VVPP, sem intercorrências e mantido acompanhamento. Cinco semanas após a VVPP, o mesmo iniciou com BAV no outro olho (OE), observando-se ao exame: AVc/c CD a 30cm em OD e 20/100 em OE. À biomicroscopia: CAF s/ RCA. À fundoscopia notou-se áreas de descolamento seroso em pólo posterior em OE. A angiografia apresentou diversos pinpoints. Foi aventada a hipótese de oftálmica simpática (OS) e o tratamento realizado com corticoterapia com prednisona 60mg/dia em esquema de redução. Após três meses o paciente já apresentava melhora importante do quadro com recuperação da AVc/c para 20/20 em OE.

CONCLUSÃO

A ocorrência de OS foi considerada superior pós traumas penetrantes acidentais quando comparada a cirurgias por muito tempo. Em revisão realizada por Gass em 1982, a incidência de OS após vitrectomias foi de 0,01%. Entretanto, estudos recentes têm mostrado que a descrição de casos de OS pós cirurgias vitreorretinianas, especialmente a VVPP, tem se tornado mais frequente, sugerindo inclusive que, na atualidade, a maioria dos casos seriam pós cirurgia. Nesse aspecto, a VVPP têm sido consideradas um dos principais fatores de risco para OS. Desse modo, deve-se dar atenção especial à OS no pós-operatório.

Palavras Chave

Necrose retiniana aguda; Oftalmia simpática; Vitrectomia via pars plana

Área

Úveites

Instituições

Santa Casa de Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil

Autores

TULIO SOARES MARIANTE, Wilton Feitosa Araújo, Eduardo Perktold