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XX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UVEÌTES

XX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UVEÌTES

LOCAL: Espaço de Eventos Unimed - BELO HORIZONTE /MG | 09 a 11 de Março de 2017

Dados do Trabalho


TÍTULO

PERFIL CLINICO E EPIDEMIOLOGICO DOS PACIENTES COM NECROSE RETINIANA AGUDA ATENDIDOS EM SERVIÇO DE REFERENCIA

INTRODUÇÃO

A Necrose Retiniana Aguda ou NRA é uma retinite viral, rara, que pode levar à cegueira, sendo uma emergência oftalmológica.
Se o tratamento correto não for instituído a tempo, a doença evolui de forma devastadora, com descolamento de retina, oclusão vascular e atrofia óptica.
A NRA foi primeiramente descrita em 1971 no Japão, mas somente em 1982, nos EUA, o herpes foi identificado como o agente causador.
A NRA é uma doença rara. Num estudo do Reino Unido foi encontrada uma incidência de 1 caso a cada 1,6 a 2 milhões de pessoas/ano. Em vários estudos foram observados 2 picos de idade: um em torno de 25 anos, sendo o HSV-2 o mais encontrado, e outro pico em torno de 40 anos, sendo o Zoster o mais encontrado.



OBJETIVO

Descrever as principais características clínicas e epidemiológicas de coorte de pacientes com necrose retiniana aguda (NRA) atendidos em serviço de referência.

MATERIAL E MÉTODO

Estudo retrospectivo longitudinal, em que foram analisados os prontuários dos pacientes com diagnóstico clínico de NRA atendidos no Setor de Uveítes do Hospital São Geraldo / HC-UFMG nos anos de 2000 a 2015.Os dados clínicos da história e exame oftalmológico foram coletados em um formulário específico e armazenados em banco de dados para subsequente análise pelo software estatístico Minitab.

RESULTADOS

Foram incluídos 33 pacientes com NRA, 85% deles com comprometimento unilateral.Houve predomínio do sexo feminino (57%), com idade variando de 13 a 77 anos, (média: 38,6 anos). Apenas 17% apresentavam coinfeção pelo HIV. As principais queixas à admissão foram baixa de visão (96%), hiperemia (37%) e dor ocular (34%). A retinite necrosante comprometia isoladamente a periferia retiniana (zona 3 de Holland) em 43% dos pacientes e se estendia até a zona 1 (polo posterior) em 29%.A acuidade visual (AV) inicial no(s) olho(s) acometido(s)era≤20/400 em 45,4%,entre 20/200 e 20/60 em 33,3% e ≥ 20/40 em 21,3%. Após o tratamento com antiviral por via endovenosa, a última AV registrada, num tempo de acompanhamento médio de 40,8 meses (mediana: 14,2 meses) foi ≤ 20/400 em 62,8%, entre 20/200 e 20/60 em 11,4% e ≥ 20/40 em 25,7%.

DISCUSSÃO / CONCLUSÃO

O perfil dos casos de NRA estudados é similar ao da literatura. Mais da metade dos pacientes chegaram à primeira consulta em estágio avançado de acometimento da retina pelo vírus, evoluindo com perda da visão no olho acometido, mesmo após tratamento adequado.Ressalta-se a importância de minucioso mapeamento da periferia retiniana nesses casos, para diagnóstico mais precoce.

Palavras Chave

necrose retiniana aguda; NRA; herpes; retinite herpética; herpes simples; herpes zóster; zonas de Holland

Área

Úveites

Instituições

HOSPITAL SÃO GERALDO - Minas Gerais - Brasil

Autores

LAURA ALVES VALLE, ALLAN SANT´ANNA DE FIGUEIREDO, MARINA BERNARDES LEÃO, TÁBATA MARQUES GONTIJO, DANIEL VITOR DE VASCONCELOS SANTOS