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XX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UVEÌTES

XX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UVEÌTES

LOCAL: Espaço de Eventos Unimed - BELO HORIZONTE /MG | 09 a 11 de Março de 2017

Dados do Trabalho


TÍTULO

ESCLERITE MISTA DISTANTE DO POLO POSTERIOR COM ESPESSAMENTO PARIETAL E SEM O SINAL EM “T” A ECOGRAFIA

OBJETIVO

Relatar caso de esclerite mista, anterior e posterior, com espessamento parietal e sem o sinal em “T” à ecografia.

RELATO DO CASO

Paciente sexo F, 34 anos, atendida no serviço de urgência da Clínica de Olhos da Santa Casa de BH, queixa dor e desconforto OE. Ao exame: AVcc 20/40 AO, movimentação ocular preservada. Bio/MR: OD sem alterações. OE: hiperemia região ínfero-temporal, córneas claras, CAF, sem RC, cristalinos sem opacidades, ED 0,2, PIO 14, retina aplicada 360°, lesão branco-amarelada, elevada, em forma de meia lua em periferia ínfero-temporal. Ecografia mostrou espessamento parietal localizado. Revisão laboratorial: hemograma, p-ANCA, c-ANCA, ECA, FAN, FR, Ca total sérico, VDRL, urina rotina e cálcio urinário dentro da normalidade, VHS aumentado. R-X de tórax, sem alterações. Levantada hipótese de esclerite mista (anterior e posterior). Iniciado prednisona 40 mg VO. Evoluiu com regressão progressiva da hiperemia e da lesão ínfero-temporal, tanto clinicamente quanto à ecografia. Realizada redução lenta da corticoterapia. Não chegou à acuidade visual plena devido a ceratocone do tipo niple-intermediário.

CONCLUSÃO

As esclerites são condições raras, caracterizadas por edema e infiltrado de células inflamatórias na esclera. Classificadas em anteriores nodulares, necrosantes, e sem inflamação; e posteriores, situadas atrás do equador. A ecografia é útil para mostrar aumento da espessura escleral, nódulos e a separação da cápsula de Tenon da esclera. O líquido no espaço sub-tenoniano mostra o sinal em “T”, no qual o tronco do “T” é formado pelo nervo óptico e a cruz é formada pelo espaço contendo o líquido. Nos quadros em que a esclerite está localizada fora do pólo posterior, observa-se apenas espessamento de parede com morfologia variada de acordo com o processo inflamatório. Nesse caso, devido a localização em periferia, distante do nervo óptico, não observou-se o sinal em “T”, apenas o acúmulo de líquido. Assim, a melhor designação para a ecografia é espessamento parietal da esclera por preenchimento de líquido subtenoniano.

Palavras Chave

ESCLERITE MISTA; ESPESSAMENTO PARIETAL ; SINAL EM "T"; ECOGRAFIA OCULAR

Área

Úveites

Instituições

SANTA CASA DE BELO HORIZONTE - Minas Gerais - Brasil

Autores

FERNANDA LYON FREIRE, LETICIA MEREIRA BERNARDINO, CAROLINA VALLE GUERRA, ANA CAROLINA CANEDO DOMINGOS LIMA, WHILTON FEITOSA DE ARAUJO