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XX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UVEÌTES

XX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UVEÌTES

LOCAL: Espaço de Eventos Unimed - BELO HORIZONTE /MG | 09 a 11 de Março de 2017

Dados do Trabalho


TÍTULO

TOXOPLASMOSE CONGENITA COM MANIFESTAÇOES OCULARES EM GESTAÇOES CONSECUTIVAS

OBJETIVO

Descrever dois casos de Toxoplasmose ocular congênita em irmãos nascidos com intervalo de 20 meses de mãe infectada na primeira gestação.

RELATO DO CASO

Criança do sexo feminino nascida em março de 2014 com 2675g e apresentando microcefalia com perímetro cefálico de 30 cm (<p10). Mãe portadora de soroconversão para T. gondii no último trimestre gestacional. Criança com IgG (1655; cut-off: 8.00) e IgM (3.52; cut-off: 0.65) positivos para toxoplasmose no sangue e líquor, associados a baixa avidez de IgG. Excluiu-se infecção congênita por citomegalovírus, sífilis e hepatite. Na avaliação oftalmológica apresentava lesão pigmentada com 2 diâmetros de disco em região macular do olho direito, compatível com cicatriz de retinocoroidite por toxoplasmose. Foi iniciado tratamento com sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico por 12 meses.
Vinte meses após o nascimento da primeira criança, a mesma mulher deu à luz a uma criança do sexo masculino aparentemente assintomática. Aos quatro meses de idade esse apresentou vômitos, sonolência e abaulamento de fontanela. Foram diagnosticadas dilatação ventricular e calcificações no parênquima cerebral, compatíveis com infecção congênita. A avaliação sorológica do lactente demonstrou IgG e IgM positivos para toxoplasmose, tendo sido detectado o DNA do T. gondii no líquor por PCR. Foi iniciado tratamento para toxoplasmose congênita com sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico. Ao exame oftalmológico apresentava lesão hiperpigmentada macular, com 2 diâmetros de disco, compatível com retinocoroidite cicatrizada por toxoplasmose em olho direito, e pequena lesão pigmentada em periferia do olho esquerdo. No início da segunda gestação, nova pesquisa da sorologia materna mostrou negativação dos títulos de IgM e decréscimo de IgG para toxoplasmose, seguidas por novo aumento de IgG e positividade de IgM no sexto mês, resultado repetido e não confirmado. A investigação da mãe foi negativa para achados oculares e imunossupressão.

CONCLUSÃO

A rara descrição de transmissão vertical de toxoplasmose em gestações sucessivas mostra-se uma realidade mesmo em pacientes imunocompetentes. No caso em questão, não foi possível definir se a transmissão vertical foi devido à persistência/reativação do parasita ou à reinfecção materna pois não dispomos de genotipagem concluída. Gestantes, suscetíveis ou não, devem ser orientadas quanto ao risco e prevenção de toxoplasmose congênita.

Palavras Chave

Toxoplasmose ocular; toxoplasmose congênita; Toxoplasma gondii; infecções congênitas

Área

Úveites

Instituições

HOSPITAL DAS CLINICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - São Paulo - Brasil

Autores

MILENA SIMOES FREITAS E SILVA, APARECIDA YULIE YAMAMOTO, MARISA MARCIA MUSSI, JOÃO MARCELLO FORTES FURTADO