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XX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UVEÌTES

XX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UVEÌTES

LOCAL: Espaço de Eventos Unimed - BELO HORIZONTE /MG | 09 a 11 de Março de 2017

Dados do Trabalho


TÍTULO

RELATO DE CASO: Alterações oftalmológicas em recém-nascido com provável infecção congênita por Zika Vírus

OBJETIVO

Relatar alterações em fundo de olho de lactente atendido em serviço de oftalmologia com provável infecção congênita por Zika Vírus e relacionar com casos já publicados.

RELATO DO CASO

Lactente, sexo masculino, 37 semanas e 5 dias, AIG (2525 g), CP: 44 cm. Parto cesariana, bolsa rota no ato, líquido amniótico claro, apresentação cefálica, Apgar 8/9. Perímetro cefálico ao nascimento: 28,5 cm. Diagnóstico de microcefalia desde o período intra-uterino, em ultrassom de 12/08/16, com 25 semanas de gestação. Gestante de 18 anos, primigesta. Exames realizados em RN e puérpera : VDRL: não reagente, HIV negativo, HBsAg negativo, toxoplasmose IgG e IGM negativos, CMV imune, herpes I imune, rubéola IgG e IgM negativos, parvovírus não reagente, Streptococcus B negativo. Puérpera nega comorbidades. Relata alergia cutânea durante a gestação. Nega sintomas gripais. TC de crânio do RN (17/12/2016): desproporção crânio-facial com redução das dimensões cranianas- diâmetro biparietal 7,6 cm. Redução volumétrica encefálica acentuada caracterizada por hipotrofia cortical e cerebelar. Calcificações intracranianas encefálicas simetricamente distribuídas no parênquima, notadamente na substância branca profunda nas regiões periventriculares , núcleos da base e talamos. Fundoscopia do RN: Apresentava disco óptico com discreta palidez bilateral e atrofia peridiscal, lesão atrófica em retina, macular, temporalmente a fóvea em ambos os olhos. Encaminhado para acompanhamento em departamento de visão subnormal. Caso notificado e pais orientados quanto ao prognóstico visual.

CONCLUSÃO

O lactente apresenta alterações compatíveis com anormalidades já descritas em pacientes com infecção presumida pelo Zika vírus. A atrofia coriorretiniana e a hipoplasia de disco óptico estão entre os achados mais observados até o momento. As alterações clínicas, de imagem e demais sorologias negativas, somadas às lesões oculares, corroboram a hipótese de infecção congênita por Zika Vírus, apesar da não confirmação laboratorial por exame de PCR. As lesões oculares podem contribuir para o diagnóstico, mas não são exclusivas da doença. O acompanhamento desses pacientes é de extrema importância para auxiliar nos estudos do vírus, diagnóstico confirmatório, alterações a longo prazo da doença, minimizar ao máximo as sequelas visuais e melhorar como um todo o desenvolvimento neuropsicomotor da criança.

Palavras Chave

Área

Úveites

Instituições

Santa Casa de Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil

Autores

VICTORIA ALMEIDA CORREA GONTIJO, Rafaela Queiroz Caixeta Faraj , Renata De Souza Carneiro , Ana Carolina Canêdo Domingos Lima, Aquiles Diniz Coelho Gontijo