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XX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UVEÌTES

XX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UVEÌTES

LOCAL: Espaço de Eventos Unimed - BELO HORIZONTE /MG | 09 a 11 de Março de 2017

Dados do Trabalho


TÍTULO

UVEITE POS FACO: UM ENIGMA PARA O CATARATOLOGO

OBJETIVO

Descrever um caso de uveíte pós facoemulsificação, demonstrando a importância do conhecimento das uveítes pelo cirugião de catarata para o manejo dos pacientes.

RELATO DO CASO

Paciente 67 anos, sexo feminino, do lar, com história de artrose, sem outras comorbidades. Negava antecedentes oftálmicos. Acuidade visual com correção 20/40 em ambos os olhos. À biomicroscopia catarata nuclear 2+/4+ OD e nuclear 2+/4+ e cortical 1+/4+ em OE. Fundoscopia e Tonometria sem alterações. Apresentava ceratometria OD: K1: 46 D K2: 47 D EIXO: 61 grau e OE: K1: 47 D K2: 47 D EIXO: 167 grau. Comprimento axial de OD: 20,82 e OE: 20,72. Paciente submetida a facoemulsificação e implante de LIO, procedimento sem intercorrências. No primeiro dia pós operatório (DPO) apenas reação de câmara anterior (RCA) 2+/4+, alteração esperada. No sétimo DPO apresentava visão 20/70 no olho direito, edema 1+, dobras 1+, RCA 2+/4+, sinéquia cápsula anterior ampla. Paciente seguida semanalmente, demonstrou melhora visual no 20 dpo, av 20/50 mantendo inflamação e sinéquia e PIO dentro dos limites normais. No 34 DPO, apresentou pico hipertensivo intraocular de 48 mmHg, prescrito hipotensores oculares e acetazolamida, bem como prednisona. Em algumas semanas pio controlada com medicação tópica.
O paciente apresentou sorologias negativas para doenças infecciosas. Revisão cuidadosa na câmara anterior não visualizou restos cristalinianos. Mapeamento de retina sem alterações. Paciente manteve reação inflamatória por longo período pós operatório, demonstrando a necessidade do conhecimento das uveítes pós facoemulsificação.

CONCLUSÃO

Dentre as possíveis causas de uveíte após cirurgias de catarata estão: a exacerbação de uma uveíte pré-existente, por restos cristalianos, uveíte facoantigênica, doenças infecciosas, reações tóxicas às soluções de irrigação ou agentes de polimentos de LIOs. Diante disso, o cirurgião de catarata deve estar ciente das medidas que podem evitar uveítes pós faco: LIOs acrílicas hidrofóbicas, pequenas incisões durante a faco, uso de AINE no pré operatório. Além disso, a indicação da cirurgia para os pacientes com história de uveíte prévia, devem obedecer o prazo de remissão total do quadro por pelo menos 3 meses, e, além disso, a capsulorrexe anterior desses pacientes devem ter pelo o menos 6 mm de diâmetro.

Palavras Chave

Uveíte, irido-ciclite, inflamação ocular, catarata, facoemulsificação, inflamação ocular.

Área

Úveites

Instituições

HOSPITAL EVANGÉLICO DE BELO HORIZONTE - Minas Gerais - Brasil

Autores

FRANCESCA DE SA FREIRE, LORENA ROSA FERREIRA, RAFAEL BRAGA FREIRE, PHILLIPE DE LAMARE LEONEL SOARES FERREIRA