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XX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UVEÌTES

XX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UVEÌTES

LOCAL: Espaço de Eventos Unimed - BELO HORIZONTE /MG | 09 a 11 de Março de 2017

Dados do Trabalho


TÍTULO

UVEITE TUBERCULOSA COM MANIFESTAÇAO EM POS OPERATORIO DE CIRURGIA DE CATARATA

OBJETIVO

Apresentar um caso de uveíte tuberculosa, com manifestação após cirurgia de catarata em ambos os olhos. Mostrar a importância de diagnósticos diferenciais de paciente intolerante a retirada de corticóide tópico no pós operatório e de edema macular cistoide.

RELATO DO CASO

MCFL, feminina, 64 anos, natural de Ribeirão das Neves – MG, compareceu a um serviço de urgência com queixa de baixa acuidade visual progressiva, associado à hiperemia, dor ocular e fotofobia, em uso irregular de dexametasona. Relatava cirurgia de catarata em ambos os olhos há 5 meses e meio em OD e com um mês de intervalo em OE. Desde então, começou a desenvolver olho vermelho e diminuição da acuidade visual, pior à esquerda e referia tentativas mal sucedidas de retirada da corticoterapia tópica. Como comorbidades relatava HAS e DM. Ao exame inicial apresentava AV c/c 20/50 e 20/100. Biomicroscopia: Hiperemia conjuntival em OE, LIO centralizada AO, RCA +/++++ em OD e ++/++++ em OE e fundoscopia sem alterações que justificavam o quadro. Solicitado exames de sangue, AGF, UBM e reiniciada corticóide tópico com redução gradativa. Na AGF apresentava como principais alterações edema macular cistóide AO e hiperfluorescência de disco em OE. Paciente voltou ao seu cirurgião com resultado de AGF e o mesmo manteve a corticoterapia tópica e iniciou AINE tópico por suspeita de síndrome de Irvine Gass. Em nosso retorno ela referia melhora parcial da acuidade visual (20/50 e 20/70) e sintomatologia ocular com o uso da medicação. Além da AGF com resultados já descritos, paciente apresentava, dentre os exames laboratoriais solicitados, PPD de 23mm em 48h. Aprofundada a anamnese, paciente referiu história de falecimento por tuberculose há um ano de seu cunhado próximo do qual era cuidadora. Iniciado então esquema RIPE com melhora considerável dos sintomas e da acuidade visual com apenas 1 mês do início do tratamento. Atualmente apresenta ao exame físico AV c/c 20/25+3 e 20/25, olhos calmos, câmara anterior ópticamente vazia, fundoscopia sem alterações e PIO 11 mmHg. AGF de controle demonstrou melhora completa dos sinais vistos anteriormente.

CONCLUSÃO

Este caso clínico exemplifica a importância dos diagnósticos diferenciais em casos de uveítes crônicas relacionadas a procedimentos intra-oculares. Sempre temos que descartar causas neoplásicas, mecânicas, auto-imunes e infecciosas que podem estar se sobrepondo ao quadro cirúrgico.

Palavras Chave

Uveíte Tuberculose



OBS: Caso para ser apresentado oralmente como caso cirúrgico

Área

Úveites

Instituições

Santa Casa - Minas Gerais - Brasil

Autores

LUCAS MARES GUIA RIBEIRO, Aline Carvalho Ribeiro, Bruna Veloso Avelar Ribeiro, Brunelle Francino Nunes, Wilton Feitosa Araujo