CISTO DE CORPO CILIAR PASSEANDO PELO VITREO AFORA
Relato de caso de um objeto voador não identificado no vítreo (OVNI-V) chamado cisto de corpo ciliar, que por muitas vezes é motivo de assombro e desespero em meio dos que não conhecem esta alteração.
Paciente de sexo feminino, 32 anos, secretária, natural de Belo Horizonte. Queixava –se de miiodopsia súbita em olho direito com início na manhã do atendimento. Nega doenças sistêmicas e uso de medicamentos (exceto anticoncepcional).Apresenta acuidade visual plena em ambos os olhos, ausência de alterações biomicroscópicas, fundoscopia: observa-se lesão enegrecida móvel em cavidade vítrea do olho direito e PIO: 12 e 13 mmHg. Realizado ultrassonografia que evidenciou o aspecto cístico da lesão com cápsula de alta reflectividade e extremamente móvel à ultrassonografia dinâmica. Devido ao aspecto ecográfico fechou-se o diagnóstico de cisto de corpo ciliar luxado para a cavidade vítrea. Indicado Yag laser, mas a paciente no momento não quis realizar o procedimento.
Os cistos de íris e de corpo ciliar podem ser classificados em primários ou secundários. Cistos primários, geralmente, originam-se do epitélio pigmentar e, muito raramente , a partir do estroma. Clinicamente estes cistos são observados ao exame com lâmpada de fenda e gonioscopia, porém, em alguns casos, apresentam-se inacessíveis às técnicas convencionais. Eles são frequentes em nosso meio, mas o desprendimento destes para o segmento anterior ou posterior é infrequente. A evolução natural dessas formações raramente pode levar a complicações, tais como: toque corneal, subluxação do cristalino, catarata focal, irite e glaucoma. A ultrassonografia e o UBM são decisivos para selar o diagnóstico.
Úveites
Clínico
CLÍNICA DE OLHOS SANTA CASA BELO HORIZONTE - Minas Gerais - Brasil
STELA MEIRELLES NICOLIELLO VIEIRA LIMA, CAROLINA VALLE PEREIRA GUERRA, FERNANDA LYON FREIRE, ANA FLÁVIA LACERDA BELFORT, WILTON FEITOSA DE ARAÚJO