TERAPIAS PROPOSTAS NA POLICONDRITE RECIDIVANTES: EFETIVIDADE E SEGURANÇA DAS ATUAIS DROGRAS E PERSPECTIVAS DO TRATAMENTO
A Policondrite recidivante é uma doença inflamatória, rara, multissistêmica, frequentemente assciada a outras morbidades e que requer especial atenção, pois seu desfecho pode variar entre auto resolutivo e mortal.
Compreender as principais terapias envolvidas na Policondrite Recidivante e seu impacto no bem estar do paciente e sua reperscusão em relação ao quadro ocular.
Trata-se de uma revisão bibliográfica descritiva e analítica realizado através de uma revisão de literatura de um período de 1923 a 2016 (94 anos) para a revisão literária e de 1976 a 2016 para a descrição analítica, Os descritores utilizados foram Policondrite Recidivante, Relapsing Polychondrites e Polychondropathy.
Foram selecionados 63 artigos, dos quais 39 foram utilizados no estudo analítico.
A amostra foi composta por 44 pacientes do sexo masculino (78,6%), 25% da amostra referenciou raça, sendo os caucasiano os mais prevalentes (14,29%). A média de idade 42,6 anos com mediana de 42 anos (Desvio padrão 22,36) com idade variando entre 1 e 96 anos.
As mulheres apresentaram média de idade ao diagnóstico superior ao dos homens (=0,503). A manifestação ocular esteve presente em 48,2% dos casos, sendo as principais manifestações oculares a hiperemia conjuntival (39,3%), irritação ocular (36,9%), esclerite (16,28), Uveíte(16,1%) e escleroceratite (12,5%).
A melhor terapia para o quadro ocular permanece sob investigação, mas temos observado boas respostas com o uso de esteróides orais e sistêmicos (17,6%), algumas vezes associados a metotrexato (11,8%) ou azatioprina (11,8%), sendo também prescritos, associado ou não a esteróides, anti-metabólicos, anti fator de necrose tumoral, anti inflamatórios não esteroidais, ciclofosfamida, conchicina, cliclofosfamida, cicloplégicos etc outros. 25% dos pacientes obtiveram os melhores resultados na primeira terapia, maior parcela em uso de esteroide isolado ou associado. 19,6% dos pacientes obteve boa resposta na segunda terapia, 12,5% na terceira terapia, e 10,6% obtiveram os melhores resultados na quarta terapia. 2 pacientes responderam apenas a quinta terapia. 20% dos pacientes vieram a óbito e a ocorrência de fenômenos oculares não se mostrou estatisticamente significativa no prognóstico.
Os esteróides ainda são a drogra mais utilizadas tanto no início do tratamento quanto na manutenção, sobretudo, a sobrevida dos pacientes e a necessidade de novas terapias, tanto para os aspectos oculares quanto sistêmicos é imprescindível.
Policondrite Recidivante; Manifestações oculares; Biológicos; Anti-TNF; Esteróides;Metrotrexato; Ciclofosfamida; Ciclosporina; Dapsona; AINE; Azatioprina
Úveites
HSPE - São Paulo - Brasil
CLAUDIO ALVES DE ALBUQUERQUE, MARIA WENDLER MULLER , Myrna Serapião Dos Santos