Dados do Trabalho

TÍTULO

CASUISTICA INICIAL DE CIRURGIAS COLORRETAIS ROBO ASSISTIDAS DE UM SERVIÇO PRIVADO DE COLOPROCTOLOGIA NA BAHIA

OBJETIVO

Nas últimas décadas, houve um crescimento expressivo da cirurgia minimamente invasiva e, mais recentemente, da cirurgia assistida por robô. O objetivo do estudo é apresentar a casuística inicial de cirurgias colorretais robô assistidas de um serviço privado de Coloproctologia na Bahia e comparar com dados da literatura mundial.

MÉTODO

Foi realizada revisão de prontuário dos pacientes submetidos a cirurgia colorretal por via robótica, desde a implantação do sistema Da Vinci SI no Hospital São Rafael, Salvador- BA, em agosto/2019, até junho de 2021. Os dados pertinentes (perfil demográfico, tempo do console do cirurgião (TCC), tempo operatório total (TOT), duração da internação hospitalar e complicações perioperatórias) foram tabelados e analisados estatisticamente através do programa Excel para Windows 14.0 e comparados com a literatura.

RESULTADOS

Um total de 30 pacientes foram submetidos a cirurgia colorretal assistida por robô no período avaliado. Desta amostra, 50% (15) eram do sexo feminino; a idade média dos pacientes foi 55,7 anos e o IMC médio foi 25,9 kg/m2. Quanto ao TCC, obteve-se uma média de 200,1 minutos e um TOT de 292,5 minutos. O TCC representou 68,4% do TOT. Cerca de 25% dos pacientes (7) foram submetidos a cirurgia colorretal combinada com procedimentos de outras especialidades, como procedimentos urológicos. A média de permanência hospitalar foi de 5,5 dias. A cirurgia foi realizada para doença neoplásica em 53,3% dos casos. Sete procedimentos (23,33%) foram por endometriose, seis (20%) por doença diverticular, um (3,33%) por tumor pré-sacral, um (3,33%) cisto de mesentério e quinze (50%) por neoplasia de cólon ou reto. Dois casos exigiram conversão para o acesso laparoscópico, sendo um deles finalizado por cirurgia aberta. Ocorreram duas (6,67%) complicações, uma lesão de delgado, rafiada em reabordagem cirúrgica no mesmo internamento hospitalar, e uma fístula retovaginal tardia, em seguimento ambulatorial.

CONCLUSÕES

A tecnologia robótica está sendo utilizada mundialmente em diferentes centros de referência, com vantagens clinicamente demonstradas por vários estudos. Relatamos nossa casuística inicial, com resultados comparáveis aos da literatura. O tempo operatório mais prolongado tende a reduzir com a curva de aprendizado do cirurgião. Embora ainda exista uma limitação devido maior custo total de hospitalização, há evidências suficientes para apoiar e recomendar o uso desta tecnologia como uma opção viável e segura.

PALAVRAS CHAVE

CIRURGIA COLORRETAL, CIRURGIA ROBÓTICA