Dados do Trabalho
TÍTULO
ANALISE COMPARATIVA E TEMPORAL DO NUMERO CASOS DE APENDICECTOMIA ABERTA E VIDEOLAPAROSCOPICA NO BRASIL NOS ULTIMOS 10 ANOS (2010-2019)
OBJETIVO
Analisar o número de casos de apendicectomia aberta e por videolaparoscopia no Brasil nos últimos 10 anos, visando correlacionar os aspectos demográficos e epidemiológicos regionais.
MÉTODO
Estudo transversal e documental com abordagem quantitativa e comparativa, acerca dos casos de apendicectomia aberta e por videolaparoscopia no Brasil entre 2010 e 2019, por meio do Sistema de Procedimentos Hospitalares do SUS (DATASUS). As variáveis avaliadas foram: número total, região na qual o procedimento foi realizado, ano e custo de internações por apendicectomias laparotômicas e videolaparoscópicas.
RESULTADOS
Comparando o crescimento total entre os anos de 2010 e 2019, o número de apendicectomias videolaparoscópicas no Brasil aumentou 430,3%, enquanto o aumento no procedimento por via laparotômica foi de 19,56%. Em relação a apendicectomia videolaparoscópica, a região Sul apresentou a maior incidência (66,64 casos/100.000hab) e a região Norte com a menor (1,51 casos/100.000hab). A respeito da técnica aberta, tem-se a região Sul como a mais incidente (687,39 casos/100.000hab), e a região Nordeste como a menos incidente (391,87 casos/100.000hab). O aumento considerável do número de apendicectomias por vídeo pode ser justificado pelo custo 7,6% mais baixo que a cirurgia convencional, representando uma economia de até 23 milhões de reais, além de ter a prometer ser uma técnica minimamente invasiva, com menor dano tecidual, menor sintomatologia álgica e infecção de ferida nos pós-operatório. A região Sul do Brasil apresenta a maior incidência de realização da apendicectomia laparoscópica em relação às outras, possivelmente pela vasta infraestrutura de equipamentos e maior campo educacional e de treinamento de cirurgiões acerca dessa técnica.
CONCLUSÕES
Os benefícios clínicos, somados à redução dos custos a longo prazo e aos fatores socioeconômicos das regiões contribuem diretamente para a preferência por VLP e aumento das apendicectomias por técnica aberta, respectivamente. Deste modo, o atual estudo sugere que a laparoscopia tem um potencial de crescimento para o tratamento da apendicite aguda no Brasil, mostrando a necessidade de investimentos tanto na capacitação profissional para amplificação da realização dessa técnica, quanto na necessidade de maior aquisição de equipamentos videolaparoscópicos pelos sistemas público e privado.
PALAVRAS CHAVE
Apendicectomia; Epidemiologia; Brasil
Área
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS DO INTESTINO
Instituições
Universidade de Fortaleza - Ceará - Brasil
Autores
GEORGE CAJAZEIRAS SILVEIRA FILHO, GUSTAVO NEVES PINTO, BÁRBARA BEZERRA RICCIARDI, JOAO PEDRO ANDRADE AUGUSTO, DANIEL KEVIN DE ALENCAR FORTE FEIJÓ, VITTORIO SANTOS TOMAZ, BÁRBARA MATOS DE CARVALHO BORGES, FRANCISCO JULIMAR CORREIRA DE MENEZES