Dados do Trabalho


TÍTULO

APRESENTAÇAO CLINICA, DIAGNOSTICO E TRATAMENTO DO DIVERTICULO GIGANTE DE SIGMOIDE: UMA REVISAO SISTEMATICA DOS ULTIMOS 10 ANOS.

OBJETIVO

O presente estudo faz uma revisão sistemática dos trabalhos publicados nos últimos 10 anos, buscando exibir a versatilidade da apresentação clínica, diagnóstico e tratamento do divertículo gigante de sigmoide.

MÉTODO

Uma revisão sistemática de literatura foi feita obedecendo o protocolo estabelecido pelo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). As bases de dados utilizadas foram BVS e Pubmed. Foram incluídos relatos de casos de seres humanos publicados de 2011 a 2021, em periódicos nacionais e internacionais, com o texto gratuito completo disponível em Inglês ou Português, cuja descrição exibia pacientes com divertículos gigantes de sigmóide sem evidência de malignidade. A pesquisa foi feita utilizando os descritores giant sigmoid diverticulum e giant sigmoid diverticula. Um total de 22 estudos foram encontrados, dos quais, após a leitura de título e resumo, 3 foram excluídos por não se tratarem de casos de divertículos gigantes de sigmóide, e outros 2 por não possuírem o texto completo à disposição. Dois revisores, de forma independente, extraíram de cada um dos 17 estudos a apresentação clínica, o método diagnóstico de imagem e a conduta terapêutica empregada em cada paciente, usando as planilhas da ferramenta Planilhas Google para organizar as informações colhidas.

RESULTADOS

O estudo foi baseado em uma amostragem de 33 pacientes. O sintoma mais prevalente foi a dor abdominal (38,57%), seguida de náusea (12,86%), vômitos (12,86%), hematoquezia/sangramento retal (8,57%), meteorismo (7,14%), aumento na frequência de evacuações (7,14%), perda de peso (5,71%) e constipação (5,71%). Os sinais encontrados foram fragilidade abdominal à palpação (37,93%), febre (29,82%), distensão abdominal (12,28%), massa abdominal (10,53%) e taquicardia (3,51%). Sinais como caquexia e diminuição do nível de consciência revelaram-se apenas uma única vez. Os exames diagnósticos usados foram a tomografia computadorizada abdominal (70,45%), radiografia abdominal (13,64%), colonoscopia (9,09%), enema baritado (4,55%) e radiografia de tórax (2,27%). Os tratamentos utilizados foram o conservador (42,42%), ressecção do sigmoide com anastomose primária por laparotomia (39,39%), ressecção do sigmoide com anastomose por videolaparoscopia (9,09%), ressecção em que foi necessária a conversão de VLP para laparotomia (3,03%), ressecção por cirurgia robótica (3,03%) e hemicolectomia (3,03%).

CONCLUSÕES

De modo geral, a apresentação clínica do divertículo gigante é extremamente variável, sendo a dor abdominal e da fragilidade abdominal à palpação como sintoma e sinal, respectivamente, mais frequentes. A tomografia computadorizada abdominal se destacou como o exame mais utilizado e o tratamento conservador e a ressecção de sigmoide por cirurgia aberta foram as condutas mais prevalentes. Observa-se que o singular e raro advento dessa entidade coloproctológica dificulta não só a sua suspeita clínica, como o seu manejo tanto clínico como cirúrgico.

PALAVRAS CHAVE

Divertículo Gigante; Sigmoide; Doença diverticular.

Área

DOENÇA DIVERTICULAR DOS CÓLONS

Instituições

Universidade de Fortaleza - Ceará - Brasil

Autores

BARBARA BEZERRA RICCIARDI, VITOR SAUWEN PAIVA, VITTORIO SANTOS TOMAZ, GUSTAVO NEVES PINTO, FÁBIO AUGUSTO XEREZ MOTA, GEORGE CAJAZEIRA SILVEIRA FILHO, JOÃO PEDRO ANDRADE AUGUSTO, FRANCISCO JULIMAR CORREIRA DE MENEZES