Dados do Trabalho

TÍTULO

COMPLICAÇOES RELACIONADAS A CONFECÇAO DE COLOSTOMIA TERMINAL NAS CIRURGIAS DE AMPUTAÇAO ABDOMINOPERINEAL DE RETO

OBJETIVO

Objetivo: Identificar as complicações mais frequentes relacionadas à confecção de colostomia terminal em pacientes submetidos à amputação abdominoperineal de reto, atendidos no Serviço de Ostomizados de Juiz de Fora no período de 2007 a 2017.

MÉTODO

Métodos: Estudo observacional do tipo transversal a partir de análise de prontuários de portadores de colostomia terminal após amputação abdominoperineal de reto cadastrados no Serviço de Ostomizados de Juiz de Fora. Os dados coletados foram submetidos à análise de frequência para obtenção das complicações mais prevalentes. Para avaliação das complicações por gênero foi utilizado o Teste Qui-quadrado de Pearson, adotando a significância de p<0,05. O software estatístico utilizado foi o GraphPadPrism 5. O presente estudo foi realizado após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), conforme o protocolo CAAE: 89354218.4.0000.5103 sob resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.

RESULTADOS

Resultados: Dos 61 pacientes inclusos no estudo, 21 apresentaram complicações (34.4%), sendo 12 do sexo masculino (57.1%) e 9 do sexo feminino (42.9%). A faixa etária média foi de 56,8 anos, com idade mínima de 30 anos e máxima de 93 anos. As complicações encontradas foram: 9 casos de hérnia paracolostômica (38.5%), 12 casos de dermatite (42.3%), e 1 caso de granuloma (3.8%), necrose (3.8%), sangramento (3.8%), prolapso (3.8%) e retração (3.8%). Considerando que as complicações precoces são aquelas que ocorrem até 30 dias de pós-operatório e as tardias após 30 dias da cirurgia, obtivemos 3 complicações precoces (11,5%) e 23 tardias (88,5%). Dentre as causas que levaram os pacientes a serem submetidos à cirurgia de amputação abdominoperineal de reto e à consequente confecção dos estomas, encontramos a neoplasia maligna de reto em 55 pacientes (90,2%) e a neoplasia maligna de ânus e canal anal em 6 pacientes (9,8%). Alguns pacientes apresentaram mais de uma complicação. Não houve significância estatística entre a incidência de complicações e o sexo do paciente

CONCLUSÕES

Conclusão: As complicações relacionadas à confecção dos estomas terminais são frequentes e podem comprometer, de maneira significativa, a qualidade de vida do paciente. Os dados obtidos em nosso trabalho mostraram alta prevalência de complicações tardias, ou seja, aquelas que ocorrem a partir do trigésimo dia de pós-operatório. Os serviços especializados em atendimento ao paciente ostomizado, contando com uma equipe multidisciplinar eficiente, desempenham um papel crucial na orientação e cuidados com o estoma, além de exercerem fundamental importância no manejo das complicações.

PALAVRAS CHAVE

Estoma Abdominal, Colostomia Terminal, Complicações

Área

MISCELÂNEA