Dados do Trabalho
TÍTULO
TAXA DE RECONSTRUÇAO DE TRANSITO INTESTINAL EM PACIENTES PORTADORES DE ILEOSTOMIA EM ALÇA ACOMPANHADOS POR UM SERVIÇO DE ATENDIMENTO A SAUDE DA PESSOA OSTOMIZADA DE JUIZ DE FORA – MG
OBJETIVO
Objetivo: Demonstrar a taxa de reconstrução intestinal em pacientes portadores de ileostomia em alça, acompanhados por um Serviço de Atendimento à Pessoa Ostomizada de Juiz de Fora – MG, no período de 2013 a 2017.
MÉTODO
Métodos: Estudo do tipo transversal retrospectivo, com base no modelo epidemiológico descritivo, realizado num serviço especializado em atendimento ao paciente ostomizado. Foram analisados 134 prontuários dos pacientes cadastrados, sendo que 129 estavam de acordo com os critérios de inclusão. As variáveis consideradas foram sexo, idade, taxa percentual de reconstrução do trânsito intestinal, principais doenças responsáveis pela confecção do estoma e tempo de reversão após a cirurgia inicial. A análise estatística foi realizada através do software SPSS versão 20.0. O presente estudo foi realizado após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), conforme o protocolo CAAE: 03651118.4.0000.5103 sob resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.
RESULTADOS
Resultados: Dos 129 pacientes portadores de ileostomias em alça, 50,4% eram do sexo feminino, sendo que a idade média do grupo estudado foi de 55,4 anos. A taxa global de reconstrução de trânsito intestinal foi de 70,5%, ocorrendo em 91 pacientes. Desses, 49 (53,8%) eram do sexo masculino. O câncer colorretal (CCR) foi a principal causa de confecção da ileostomia em alça em 77 pacientes (59,7%), seguido por obstrução intestinal em 10 casos (7,8%). As outras causas encontradas foram doença inflamatória intestinal, doença diverticular, traumatismo colorretal e processo inflamatório. A maior parte (70 casos; 77%) das 91 reconstruções foram efetuadas até 12 meses da cirurgia inicial (média de 6,5 meses), enquanto que 21 pacientes (23%) reconstruíram após 12 meses de pós-operatório (média de 20,1 meses).
CONCLUSÕES
Conclusão: A ileostomia em alça é de extrema importância para a proteção de anastomoses colorretais baixas, principalmente em portadores de CCR, minimizando os efeitos de possíveis complicações de uma deiscência ou fístula anastomótica, porém o período de sua reconstrução ainda permanece incerto. O momento ideal deve respeitar as melhores condições clínicas do paciente e, embora seja um procedimento de fácil execução, podem ocorrer desagradáveis complicações quando a cirurgia de restabelecimento de trânsito intestinal for realizada de forma inadequada.
PALAVRAS CHAVE
Ileostomia em alça, Trânsito Gastrointestinal, Reconstrução
Área
MISCELÂNEA
Instituições
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora (FCMS/JF) - SUPREMA - Minas Gerais - Brasil
Autores
DANIELA GIRARDI PEREIRA LINHARES RODRIGUES, ANA CLARA VIANA SOUSA, ISABELA SALIM FERREIRA, MARIA ELISA ALVES OLIVEIRA, JOÃO VICENTE LINHARES RODRIGUES