Dados do Trabalho

TÍTULO

USO DO PLASMA DE ARGONIO EM PACIENTES COM PROCTITE ACTINICA – UMA REVISAO SISTEMATICA

OBJETIVO

Introdução: A proctite actínica, definida por dano epitelial ao reto devido à radiação, pode surgir em consequência ao uso da radioterapia no tratamento de neoplasias pélvicas, como o câncer de próstata e de bexiga. Diferentes modalidades de tratamento estão disponíveis, entretanto não há um tratamento padrão para essa condição. A técnica com plasma de argônio, uma terapia termo ablativa não tátil, é cada vez mais recomendada como tratamento de primeira linha. Objetivo: Esse estudo visa verificar a efetividade da coagulação com plasma de argônio em pacientes com proctite actínica.

MÉTODO

Métodos: trata-se de uma revisão sistemática a partir da pesquisa nas bases de dados eletrônicos MEDLINE/ PubMed, LILACS, Scielo e CENTRAL; e a partir dos descritores “Proctitis”, “Radiation”, “Argon Plasma Coagulation” e “Bleeding”. Critérios de inclusão: Artigos na língua inglesa, portuguesa e espanhola publicados entre os anos 2000 e 2018, cujos procedimentos tenham sido realizados em humanos. Os desenhos de estudo selecionados foram tanto intervencionistas como observacionais, que atendem o critério de utilização da terapia com coagulação com plasma de argônio para tratar o sangramento retal em pacientes com proctite actínica. A qualidade dos estudos foi avaliada pelo método STROBE (Strengthening the reporting of observational studies in epidemiology) e CONSORT (Consolidated Standards of Reporting Trials).

RESULTADOS

Resultados: Um total de 5 estudos foram selecionados. Os estudos observados possuem 236 participantes ao todo. Há uma predominância do sexo masculino (67,7%), devido a uma maior prevalência dos casos de proctite actínica secundários ao tratamento para o câncer de próstata (67,3%). A média de idade dos participantes foi de 66,6 anos. 134 pacientes eram anêmicos, sendo que pelo menos 56 necessitaram de transfusão sanguínea. O número médio de sessões realizadas entre os estudos foi de 1,67. Foram observadas 66 ocorrências pós-tratamento, sendo a dor retal a principal complicação relatada. A média da taxa de controle do sangramento dos estudos foi de 83,8%.

CONCLUSÕES

Conclusão: O uso do plasma de argônio é um tratamento eficaz para o controle de sangramento em pacientes com proctite secundária ao tratamento radioterápico. Entretanto, é necessário maiores estudos com uma escala padrão de pontuação da proctite, bem como ensaios clínicos randomizados que possam comparar o plasma de argônio com outras modalidades de tratamento.

PALAVRAS CHAVE

Proctite. Radiação. Coagulação com plasma de argônio. Sangramento.