Dados do Trabalho


TÍTULO

AVALIAÇAO DO TDM DO INFLIXIMABE NA DOENÇA INFLAMATORIA INTESTINAL

OBJETIVO

Relatar os resultados do TDM proativo do IFX no final da fase de indução de pacientes com doença inflamatória intestinal.

MÉTODO

Estudo observacional realizado de agosto de 2020 a março de 2021 em pacientes com DII, por meio do diagnóstico clínico, endoscópico e radiológico. Os pacientes encontravam-se em fase de indução e em monoterapia com IFX. A dosagem do nível sérico foi realizada na sexta semana. Foram avaliados: idade, sexo, diagnóstico, classificação de Montreal e terapias prévias já realizadas.

RESULTADOS

Num total de 22 pacientes que preencheram os critérios de inclusão para o estudo, oito não concluíram o cadastro, três tiveram alergia ao IFX e um foi excluído por ter coletado a amostra sanguínea após a infusão da 3ª dose da medicação. Assim, nove pacientes fizeram o TDM.
Na amostra, 66% eram homens e 33% mulheres. A idade variou de 16 a 49 anos, sendo a média 34 anos. Predominou o diagnóstico de DC em 66% dos pacientes. De acordo com a classificação de Montreal, foi mais comum os pacientes com 17 a 40 anos, acometimento ileocolônico e comportamento inflamatório. Apenas um paciente não tinha acometimento perianal. Nos três pacientes com RCU, cada um tinha uma classificação diferente.
Como forma inicial de tratamento, o IFX foi a primeira medicação em três pacientes. Dentre os tratamentos medicamento prévios realizados, foi semelhante o número de pacientes tratados com ADA, AZA e SSZ sendo um total de dois pacientes para cada grupo. E apenas um paciente já havia feito uso do CTZ pegol. Na casuística, apenas um caso estava com dose otimizada de 4 em 4 semanas e outros dois casos com dose de 10mg/kg. Os demais estavam com a dose de 5mg/kg de 8 em 8 semanas.
O valor do nível sérico variou de 1,4 a maior que 20mcg/mL. Quatro pacientes tiveram resultado do nível sérico menor que 10mcg/mL, divididos igualmente em 50% dos casos com DC e RCU. Destes, um foi otimizado o intervalo de medicação, outro foi aumentado a concentração da droga para 10mg/kg e o ultimo foi associado o uso de AZA (2,5mg/kg/dia). Essas atitudes visam a otimização terapêutica para melhorar a remissão clínica. Tivemos um caso de não respondedor primário, que o valor do nível sérico estava de 1,4 mcg/mL e foi optado por alterar a terapia para o uso do CTZ pegol após a terceria dose do IFX.

CONCLUSÕES

O TDM proativo do IFX é uma ferramenta importante utilizada para avaliar a não resposta primária e orientar a tomada de decisão da terapia com IFX na fase de manutenção.

PALAVRAS CHAVE

TRATAMENTO BIOLÓGICO , DOENÇA DE CROHN , PROCTOCOLITE

Área

DOENÇAS INFLAMATÓRIAS DO INTESTINO

Instituições

HOSPITAL HELIÓPOLIS - São Paulo - Brasil

Autores

MARIANA PINTO RIBEIRO, LIGIA OLIVEIRA RIBEIRO, RAYSSA PRA BUSS, IDBLAN CARVALHO ALBUQUERQUE, RAISSA JOSE FRANCA CARVALHO, PRISCILA PAZ NEVES, GABRIEL ALVES CARRIAO