Dados do Trabalho


TÍTULO

INCIDENCIA DE COMPLICAÇOES ANASTOMOTICAS EM DE PACIENTES PORTADORES DE CANCER COLORRETAL

OBJETIVO

O câncer colorretal é uma das neoplasias mais comuns, geralmente diagnosticada em estágios avançados. A cirurgia é a base do tratamento curativo e as complicações pós-operatórias são preocupantes, por aumentar a morbi-mortalidade, com risco de coleções pélvicas e sepse, além de possibilitar o atraso no início tratamento quimioterápico. O objetivo desse trabalho é avaliar a incidência de complicações em anastomoses colorretais de pacientes portadores de câncer colorretal.

MÉTODO

Foi realizado estudo retrospectivo, com avaliação dos prontuários eletrônicos dos pacientes portadores de adenocarcinoma colorretal, CID 10 C18, C19 e C20, tratados no período de janeiro de 2019 a março de 2021. Foram excluídas as neoplasias de apêndice, os pacientes submetidos a cirurgia colorretal para tratamento de outros tumores primários, além de dados incompletos em prontuário. Foram considerados as complicações conforme Classificação Clavien-Dindo III-V, no período até 30 dias após a cirurgia. Os dados foram anotados em planilha do Excel e posteriormente submetidos à análise.

RESULTADOS

Foram identificados 138 pacientes, portadores de câncer colorretal, sendo excluído dois pacientes submetidos a protocolo “watch and wait”, para câncer de reto, e um caso com primário operado em outra instituição. De 135 cirurgias realizadas, a maioria era mulher (52%) com idade média de 62 ± 11 anos. Quanto a localização, foram 40 neoplasias (29%) em cólon direito, sete (5%) em cólon transverso, nove (6%) em cólon esquerdo, 50 (37%) em cólon sigmoide e 29 (21%) em reto. Em todas as cirurgias foram utilizados grampeadores lineares 75 mm, cortante, e grampeadores circulares 25 e 31 mm, para confecção das anastomoses. Quanto as cirurgias, foram realizadas, 40 colectomias direitas, sete colectomias direitas estendidas, nove esquerdas, 50 retossigmoidectomias, 24 ressecções anterior baixa do reto, quatro amputações abdominoperineais e 1 sigmoidostomia em alça. Média de internação 14 dias. Quanto as complicações de anastomose, foram identificados 11 fístulas intestinais (8.1%) e 6 casos (4,4%) de estenoses (três colorretais baixas e três intraperitoneais). Em relação as fístulas intestinais, duas (18%) ocorreram após colectomia direita com anastomose à Barcelona, seis (54%) após ressecção anterior baixa do reto e três (27%) após retossigmoidectomia. As estenoses foram tratadas conservadoramente com dilatação. Não houve casos de sangramento após confecção de anastomose. Nenhum óbito ocorreu por complicações das anastomoses.

CONCLUSÕES

No presente estudo concluímos que as complicações das anastomoses intestinais mecânicas mais comuns, em pacientes portadores de câncer colorretal foram: a fístula intestinal (8,1%) e a estenose (4,4%).

PALAVRAS CHAVE

complicações pós-operatórias; câncer colorretal

Área

CÂNCER COLORRETAL

Instituições

Hospital Heliópolis - São Paulo - Brasil

Autores

LUCAS MEDINA AREOSA, VIVANE PONTES DE SOUZA PORTO, PEDRO HENRIQUE COELHO DE MELO LEITE, THYARA AYANA PRESOTTO, DANIEL RAMOS NEVES SERRANO, BERNARDO FONTEL POMPEU, LUIS FERNANDO PAES LEME