Dados do Trabalho
TÍTULO
INCIDENCIA DE TUMORES DE APENDICES EM APENDICECTOMIAS DE EMERGENCIAS
OBJETIVO
A apendicite aguda é a principal causa de abdome agudo inflamatório, ocorrendo numa frequência de 11:10000 habitantes. A obstrução da luz do apêndice provoca o aumento de pressão intraluminal, com congestão, seguido de proliferação bacteriana, desencadeando o quadro clássico de apendicite aguda. Em algumas raras situações, o achado incidental de neoplasia de apêndice pode ocorrer numa proporção de uma apendicectomia para cada 100, no ano. O tumor neuroendócrino e o adenocarcinoma de apêndice são os tipos mais comuns. O objetivo do nosso trabalho determinar a incidência de tumores de apêndices em serviço de referência em cirurgia de urgência e emergência.
MÉTODO
Foi realizado um estudo retrospectivo, com revisão do prontuário eletrônico dos pacientes submetidos a cirurgia de urgência por abdome agudo inflamatório, no período de março de 2019 a março de 2020. Foram excluídas as apendicectomias eletivas e os pacientes submetidos a cirurgia de urgência por outras etiologias. Dados incompletos no prontuário, também foram excluídos. Os dados demográficos, cirúrgicos e clínicos foram anotados em banco de dados do Excel para posterior análise descritiva.
RESULTADOS
Foram identificados, 118 casos operados por suspeita de apendicite aguda, sendo a maioria do sexo masculino (67 %), com a idade média de 31 ± 13 anos. O tempo médio de evolução dos sintomas foi de 2,76 ± 3 dias. Quanto as cirurgias, foram seis cirurgias videolaparoscópicas, e 112 (94%) cirurgias convencionais, sendo que o sepultamento do coto apendicular pela técnica de Ochsner, a mais realizada. Em relação as fases, a apendicite gangrenada ocorreu em 14 casos (11%), 37 (31%) eram fibrinopurulenta, 39 (33%) fase flegmonosa e 28 casos (18%), fase edematosa. Apenas um paciente (0.84%), teve achado incidental de tumor neuroendócrino bem diferenciado de apêndice, lesão localizada na ponta, margens livres, com ausência de infiltração angiolinfática. Sendo optado por acompanhamento sem indicação de colectomia direita. Tempo de seguimento de 12 meses.
CONCLUSÕES
Foram identificados, 118 casos operados por suspeita de apendicite aguda, sendo a maioria do sexo masculino (67 %), com a idade média de 31 ± 13 anos. O tempo médio de evolução dos sintomas foi de 2,76 ± 3 dias. Quanto as cirurgias, foram seis cirurgias videolaparoscópicas, e 112 (94%) cirurgias convencionais, sendo que o sepultamento do coto apendicular pela técnica de Ochsner, a mais realizada. Em relação as fases, a apendicite gangrenada ocorreu em 14 casos (11%), 37 (31%) eram fibrinopurulenta, 39 (33%) fase flegmonosa e 28 casos (18%), fase edematosa. Apenas um paciente (0.84%), teve achado incidental de tumor neuroendócrino bem diferenciado de apêndice, lesão localizada na ponta, margens livres, com ausência de infiltração angiolinfática. Sendo optado por acompanhamento sem indicação de colectomia direita. Tempo de seguimento de 12 meses.
PALAVRAS CHAVE
Apendicite; Neoplasias do Apêndice
Área
URGÊNCIAS COLOPROCTOLÓGICAS
Instituições
Hospital Heliopolis - São Paulo - Brasil
Autores
LETÍCIA ALMEIDA PONTES, LUIZA FENELON FERREIRA, GABRIELA LOURENÇO, HANNAH SOPHIE BIERAST, BEATRIZ CAMARGO, BERNARDO FONTEL POMPEU, LUIS FERNANDO PAES LEME