Dados do Trabalho


TÍTULO

PREVALENCIA DE ALTERAÇOES NAS PROTEINAS DE REPARO DO ADENOCARCINOMA COLORRETAL EM SERVIÇO DE REFERENCIA NO SUL DO BRASIL

OBJETIVO

Avaliar a prevalência dos defeitos nas proteínas de reparo, e comparar o comportamento de neoplasias colorretais com mutação nos genes de reparo do DNA dos pacientes do Hospital Geral de Caxias do Sul com o descrito na literatura.

MÉTODO

Trata-se de um estudo retrospectivo observacional. Com base na categorização dos pacientes atendidos no UNACON com CID C18, C19 e C20, foi criada uma lista de todos os pacientes com diagnóstico de neoplasia colorretal.
Foi criada uma tabela no Microsoft Excel com os dados dos pacientes e preenchida com as informações consideradas pertinentes para o estudo. O paciente foi considerado positivo para mutação no reparo do DNA na ausência da expressão de pelo menos um dos seguintes anticorpos: MLH1, PMS2, MSH2, MSH6.

População e amostragem

O grupo estudado consta de 108 casos que mantém ou mantiveram acompanhamento no serviço de Coloproctologia do Hospital Geral. Os dados utilizados correspondem ao prontuário dos mesmos durante internação hospitalar ou atendimento ambulatorial no UNACON.

Critérios de inclusão e exclusão

Foram incluídos no estudo todos os pacientes com amostra anatomopatológica e imuno-histoquímica para neoplasia colorretal do Hospital Geral de Caxias do Sul, com idade acima de 18 anos. O período avaliado foi de 01/2010 até 12/2020
Foram critérios de exclusão: pacientes com informações incompletas no prontuário ou ausência de estudo imuno-histoquímico para análise.

Coleta de dados

Os dados foram coletados mediante pesquisa no prontuário eletrônico dos pacientes após a análise anatomopatológica. Os dados foram digitados em uma tabela do Google Drive® restrita aos participantes da pesquisa.

RESULTADOS

A peça cirúrgica submetida a estudo imuno-histoquímico, totalizando 108 casos. Desses, 5 (5,55%) tiveram positividade para instabilidade microssatélite.
A idade dos pacientes variou de 28 a 89 anos, sendo que 46,29% eram do sexo masculino.
O estágio clínico mais comum foi o III tanto para neoplasias sem mutação quanto com mutação (46,02 % VS 66,6%).
Na amostra estudada, 76,85% dos tumores se localizavam no cólon esquerdo (cólon descendente, sigmoide e reto). As neoplasias com mutações no reparo do DNA tiveram 83,3% de sua incidência no cólon direito (ceco, cólon ascendente e transverso), em contraste com 19,6% dos tumores com marcador selvagem.
Foi realizada uma estimativa da sobrevida dos pacientes. Nenhum dos pacientes com instabilidade microssatélite tinha óbito registrado, portanto não se pôde avaliar cada subgrupo individualmente no presente estudo.

CONCLUSÕES

A literatura tende a convergir em relação ao comportamento de tumores colorretais com instabilidade microssatélite. Apesar da amostra pequena, foi possível identificar semelhanças entre a análise estatística dos pacientes do Hospital Geral com o exposto no contexto científico atual.

PALAVRAS CHAVE

cancer colorretal, instabilidade de microsatélite

Área

CÂNCER COLORRETAL

Instituições

Universidade de Caxias do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

GABRIEL BATISTA VARELA, FRANCISCO SOUZA DOS SANTOS, DANIEL JUN FUNATSU BRAMBILLA, EDUARDO BRAMBILLA