Dados do Trabalho


TÍTULO

COMPLICAÇOES POS-OPERATORIAS APOS APENDICECTOMIAS DE URGENCIA

OBJETIVO

Apendicite aguda é umas das principais doenças tratadas em serviços de urgência e emergência. As complicações pós-operatórias ocorrem com certa frequência, sendo, a infecções de ferida operatória, fístulas intestinais, íleo prolongado, coleções intra-abdominais, as mais comuns. O objetivo do nosso trabalho é avaliar as complicações pós-operatórias, ocorridas em pacientes submetidos a apendicectomia por apendicite aguda

MÉTODO

Foi realizado estudo de coorte retrospectiva, com pacientes submetidos tratamento cirúrgico para apendicite aguda, em serviço de urgência e emergência, no período de março de 2019 a dezembro de 2020. Excluímos os pacientes submetidos a laparotomia exploradora por outras causas, bem como os pacientes com informações incompletas no prontuário. Os pacientes submetidos a apendicectomia de forma eletiva também foram excluídos. Os dados foram coletados em tabela de Excel e posteriormente submetidos a análise descritiva.

RESULTADOS

Foram submetidos a análise 118 casos, sendo 67% (80 casos) do sexo masculino, com a idade média de 31 ± 13 anos. O tempo de evolução dos sintomas foi de 2,76 ± 3 dias. Apenas 14 pacientes (11%) apresentavam quatro sinais clínicos como hiporexia, febre, dor abdominal e vômitos. Em quarenta e nove (41%) foi optado por realizar tomografia sem contraste para esclarecimento do diagnóstico. Quanto ao tratamento cirúrgico, 115 pacientes (97%), foram submetidos a retirada do apêndice, sendo a maioria pela técnica de Ochsner. Apenas quatro pacientes foram submetidos a cirurgia vídeolaparoscópica. Três casos foram submetidos a tiflectomias (2,5%). O esquema de antibiótico introduzido foi ceftrixona com metronidazol com tempo médio de quatro ± cinco dias. Em relação as complicações, elas ocorreram em cinco casos (4,2%). A infecção de ferida operatória ocorreu em dois casos (1,6 %), dois pacientes (1,6%) complicaram com abscesso intracavitário necessitando de re-abordagem cirúrgica, uma paciente (0,8 %) evoluiu com fístula intestinal. Não houve óbitos relacionado as apendicectomias e suas complicações.

CONCLUSÕES

Concluímos que o índice de complicações pós-operatórias nas apendicectomias por apendicite aguda foi de 4,2 %. A fístula digestiva ocorreu em 0,8% e as coleções intracavitárias em 1,6% dos casos.

PALAVRAS CHAVE

Apendicite ; Complicações Pós-Operatórias

Área

URGÊNCIAS COLOPROCTOLÓGICAS

Instituições

Hospital Heliópolis - São Paulo - Brasil

Autores

LUIZA FENELON FERREIRA, LETÍCIA ALMEIDA PONTES, GABRIELA LOURENÇO, HANNAH SOPHIE BIERAST, BEATRIZ CAMARGO, BERNARDO FONTEL POMPEU, LUÍS FERNANDO PAES LEME