Dados do Trabalho

TÍTULO

ADENOCARCINOMA DE INTESTINO DELGADO: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

O câncer de intestino delgado é uma patologia rara que representa menos de 5% dos cânceres do trato gastrointestinal e o único tratamento potencialmente curativo é a cirurgia.

RELATO DE CASO

Paciente J.D.S., sexo masculino, 65 anos, procedente de São Paulo, admitido no pronto-socorro, com queixa de constipação intestinal, associada a dor abdominal em cólica em região de hipogástrio, com irradiação para fossa ilíaca esquerda há três meses com piora progressiva associada à vómitos pós-prandiais e perda ponderal de 35% do peso em 6 meses. No dia da admissão, houve intensificação da dor, distensão abdominal e 4 episódios de vómitos fecalóides. Paciente apresentava-se em regular estado geral, hipocorado (+/4+) e desidratado (+/4+). Abdome escavado, flácido e indolor a palpação, descompressão brusca negativa, ausência de massas palpáveis, visceromegalias, sinais de peritonite e ascite. Ausência de hérnias inguinais ou incisionais. Ao toque retal apresentava ausência de fezes em ampola retal, próstata aumentada de tamanho com consistência fibroelástica, ausência de massas palpáveis, fecaloma e sangue em dedo de luva. Paciente submetido a laparotomía exploradora sob anestesia geral. O inventário da cavidade evidenciou a presença de tumorações em borda mesentérica do ileo localizadas a 30 cm e 140 cm da válvula íleo-cecal, com obstrução total da luz, dilatação de alças a montante e a presença de linfonodomegalia em raiz do mesentério. Dessa forma, optou-se pela realização de enterectomia segmentar, associada a entero-entero anastomose latero-lateral isoperistáltica.

DISCUSSÃO

O câncer de intestino delgado é uma patologia rara, que representa menos de 5% dos cânceres do trato gastrointestinal, sendo o tumor carcinoide (44%), o adenocarcinoma (33%), o linfoma (15%) e o sarcoma (8%), os tipos histológicos mais predominantes desta localização1,3,6. Apesar do fato do intestino delgado constituir até 98% da superfície mucosa do trato gastrointestinal, a incidência do adenocarcinoma de intestino delgado é 24-66 vezes menor que a incidência do câncer colorretal.

PALAVRAS CHAVE

adenocarcinoma, intestino delgado, tratamento cirúrgico.