Dados do Trabalho


TÍTILO

REPARO ROBOTICO DE FISTULA RETOVAGINAL PELA VIA TRANSANAL

INTRODUÇÃO

As fistulas retovaginais localizadas acima do canal anal são de difícil abordagem, e apesar das técnicas já descritas para o tratamento continuam apresentando baixas taxas de resolução. Isso se deve em parte a mobilidade limitada dos instrumentos, visibilidade ruim e acesso restrito pelas técnicas anais convencionais. A cirurgia minimamente invasiva transanal robótica permite acesso adequado ao defeito além da possibilidade de abordagem com maior destreza.

RELATO DE CASO

Paciente, 63 anos, foi submetida a excisão total do mesorreto e ileostomia protetora com anastomose colorretal baixa em 13 de março de 2018. Após constatarmos integridade da anastomose, foi realizada, no dia 14 de abril de 2018, o fechamento da ileostomia com reconstrução do trânsito intestinal. Com um ano e dois meses de acompanhamento, apresentou drenagem de fezes pela vagina. Foi diagnosticada fístula anastomótica-vaginal, sendo feita nova ileostomia por via laparoscópica para desvio do trânsito intestinal, no dia 17 de maio de 2019. Foi proposto tratamento conservador na tentativa de fechamento espontâneo da fístula. No entanto, a colonoscopia realizada no início de 2020 mostrou persistência da fístula anastomótica-vaginal, com identificação do orifício fistuloso. Definido pela abordagem transanal robótica com oclusão intróito vaginal com compressa. Procedido a ressecção dos orifícios fistuloso na parede retal e vaginal, evidenciando agrafos cirúrgicos em ambas, que foram retirados. Ampliada a dissecção dos planos para fechamento do defeito sem tensão nos dos tecidos. Realizada a rafia da parede vaginal com sutura contínua, seguida da rafia da parede retal, com excelente coaptação das bordas. No seguimento ambulatorial a paciente permanece sem queixas, sem evidência de novos trajetos fistulosos foram retirados. Ampliada a dissecção dos planos para fechamento do defeito sem tensão nos dos tecidos. Realizada a rafia da parede vaginal com sutura contínua, seguida da rafia da parede retal, com excelente coaptação das bordas. No seguimento ambulatorial a paciente permanece sem queixas, sem evidência de novos trajetos fistulosos.

DISCUSSÃO

A abordagem robótica transanal da fístula retovaginal forneceu melhor visibilidade do defeito a ser tratado, maior praticidade na correção e sem necessidade de abordagem abdominal. O tratamento atingiu o resultado com excelente qualidade e menor morbidade para a paciente.

PALAVRAS CHAVE

FÍSTULA ANASTOMÓTICA, FÍSTULA RETOVAGINAL, CÂNCER DE RETO, CIRURGIA ROBÓTICA TRANSANAL

Área

CÂNCER COLORRETAL

Instituições

REDE MATER DEI DE SAÚDE - Minas Gerais - Brasil

Autores

LUIZA ROGERIO, GABRIELA DE CASSIA GOMES SILVA, BERNARDO HANAN, RENATO GOMES CAMPANATI, KELLY CRISTINE LACERDA RODRIGUES BUZATTI, RODRIGO GOMES DA SILVA