Dados do Trabalho

TÍTULO

INTUSSUSCEPÇAO INTESTINAL EM PACIENTE HIV POSITIVO E LINFOMA INTESTINAL: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

Após o surgimento da terapia antiretroviral de alta resposta (HAART) para o HIV, a incidência de neoplasias definidoras de AIDS, como sarcomas de Kaposi e linfomas não-Hodgkin reduziu, contudo, a incidência de linfomas de hodgkin aumentou. O trato gastrointestinal (TGI) é o sítio extranodal mais comum de acometimento do linfoma de não-Hodgkin.

RELATO DE CASO

Paciente masculino, 35 anos, com diagnóstico de HIV há 10 anos e carga viral indetectável, relata história de dor abdominal em fossa ilíaca direita (FID) há 1 dia, associado a parada da eliminação de flatos e fezes, além da presença de vômitos. Apresenta massa palpável em FID. A tomografia de abdome apresenta intussuscepção ileocolica. Realizado colectomia direita laparotomica sem intercorrências. Paciente com alta no quinto dia de pós-operatório. Na patologia apresentava linfoma intestinal.

DISCUSSÃO

A colite, hemorragia, perfuração e intussuscepção intestinal (II) são possíveis consequências do acometimento neoplásico do TGI. A II ocorre quando a mucosa proximal se invagina na distal, causando obstrução e isquemia. Apenas 5% dos casos de II ocorrem em adultos. Em 80-90% dos adultos o início da invaginação intestinal se relaciona a divertículos, pólipos, estenoses, ou tumores, sendo relacionada a tumores malignos em 30 e 65% quando ocorre no intestino delgado e no colon, respectivamente. A intussuscepção no intestino delgado pode ser primariamente reduzida e em seguida ressecada, ao passo que a colônica deve ser ressecada em bloco devido a maior associação de sua ocorrência a tumores malignos, a fim de evitar a semeadura intestinal e a disseminação venosa de células cancerígenas.

PALAVRAS CHAVE

INTUSSUSCEPÇAO INTESTINAL, hiv, linfoma, obstrução intestinal

Área

MISCELÂNEA