Dados do Trabalho
TÍTULO
TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA ANALISE EPIDEMIOLÓGICA NACIONAL
OBJETIVO
Traçar o perfil epidemiológico de pacientes que sofreram traumatismo cranioencefálico com o fito de delinear um panorama comparativo entre as regiões do país.
MÉTODO
Consiste em um estudo epidemiológico descritivo e retrospectivo a partir da base de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) referente ao período de janeiro de 2008 a novembro de 2018. As variáveis pesquisadas foram: número de internações, número de óbitos, sexo e faixa etária.
RESULTADOS
Foram notificados no país 267.941 internações e 10.601 óbitos por traumatismo cranioencefálico (TCE) entre crianças e adolescentes no período em análise, compondo uma média anual de 24.358 hospitalizações e 963 óbitos Nessa esfera, 109.915 internações ocorreram na região Sudeste, 69.359 no Nordeste, 50.487 no Sul, 21.964 no Norte, 16.216 no Centro-Oeste e, respectivamente, 3.881, 3.354, 1.545, 1.019 e 802 óbitos em cada região. Houve predomínio de notificações envolvendo o sexo masculino, o que abarcou a nível nacional um somatório de 183.450 hospitalizações e 8.227 óbitos. No que tange à distribuição dos casos de acordo com a faixa etária, entre menores de 1 ano, 1 a 4 anos, 5 a 9 anos, 10 a 14 anos e 15 a 19 anos foram registrados, respectivamente, 25.502, 57.365, 51.437, 45.375 e 88.262 internações. Nessa mesma sequência de intervalos etários, foram notificados 536, 839, 823, 1.436 e 6.967 óbitos.
CONCLUSÕES
O TCE representa uma importante causa de morbi-mortalidade em todo o mundo, o sexo masculino representa 68% dos casos e a região Sudeste representa 41% nas hospitalizações totais e há uma escala crescente de número de casos em relação à idade. Considerando as faixas etárias, nas crianças, as quedas, favorecidas pelas condições do ambiente doméstico, encontram-se como principal causa do TCE. Por outro lado, nos adolescentes, devido a liberdade de ação, os acidentes de trânsito, principalmente aqueles envolvendo motocicletas, são o fator etiológico principal. Com relação ao acometimento de acordo com o sexo, os homens são submetidos a uma exposição mais precoce aos agentes e situações de risco quando comparado às mulheres. Na infância há uma predisposição para aventuras e brincadeiras fora do âmbito domiciliar e os meninos tendem a receber menos supervisão mais cedo que as meninas. Já na adolescência a união da liberdade e imprudência torna-se uma combinação apontada como de risco, como por exemplo, a falta do uso de equipamentos de proteção individual, uso de álcool e drogas.
Área
TRAUMA
Instituições
CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - Alagoas - Brasil
Autores
Leticia Lima Oliveirs, João Pedro Matos Santana, Juliana Lima Medeiros, Laís Albuquerque Pinto, Maria Eduarda Freitas Melo, Marcos Reis Gonçalves, Diandra Alcântara Jordão, Maria Eduarda Prudente Künzler Alves