TÍTULO

MAPEAMENTO INTRAOPERATORIO POR FLUORESCENCIA INFRAVERMELHA DURANTE COLECISTECTOMIA LAPAROSCOPICA

OBJETIVO

O desenvolvimento de técnicas minimamente invasivas, como a colecistectomia laparoscópica, mostrou-se uma prática desafiadora na identificação de certas estruturas anatômicas intraoperatórias, devido ao seu tamanho e/ou localização. Alicerçado nisso, desde 2011 tem sido disponibilizado comercialmente corantes com indocianina verde que, quando administrando por via intravenosa e estimulado por luz infravermelha, permite a visualização fluorescente de estruturas vasculares e biliares. Esse método surge como uma alternativa para os procedimentos tradicionais visando à minimização dos efeitos adversos e complicações operatórias. A partir disso, esse trabalho tem como objetivo elaborar uma revisão sistemática de literatura, visando o esclarecimento sobre a utilização da indocianina verde como sistema de imagem intraoperatórias por fluorescência infravermelha na colecistectomia por via laparoscópica.

MÉTODO

Revisão de literatura efetuada mediante busca eletrônica de trabalhos indexados nas bases de dados PubMed, MEDLINE, LILACS e Periódicos CAPES, publicados no período de 2014 à 2018. Foram selecionados 20 trabalhos completos nos idiomas português e inglês para leitura prévia de títulos e resumos. Foram ainda utilizados descritores como “colecistectomia laparoscópica”; “sistema de imagem” e “indocianina verde”. Destes trabalhos, foram destacados 8 no idioma inglês, com base na relevância do conteúdo de acordo com o objetivo do resumo, considerando os trabalhos e dados atualizados mais recentemente.

RESULTADOS

Segundo um estudo feito com 130 pacientes, observou-se que, dos 39 indivíduos submetidos à intervenção com corante indocianina verde, 100% deles não desenvolveram reação adversa alguma. Ademais, destaca-se, também, uma redução de 88% da necessidade de evolução para laparotomia exploradora e uma diminuição de até 15% do tempo de cirurgia quando comparado aos procedimentos em que não foi utilizado esse sistema de imagem. Quando considerado o IMC como variável para avaliar a eficácia do método de visualização com indocianina, observou que mesmo com excesso de peso (IMC>30), ainda era possível a análise de estruturas, como a junção ducto cística, em até 91% dos casos.

CONCLUSÕES

Compreende-se, portanto, que esse método apresenta vantagens no que tange a redução do tempo intraoperatório, associado ao baixo custo tanto do equipamento como do medicamento. É válido destacar, também, a baixa incidência de reações adversas, associada à baixa toxicidade e respostas alérgicas. No entanto, são escassas as produções literárias sobre o assunto no Brasil, necessitando um maior estímulo à comunidade científica brasileira para o estudos desse tema no contexto medico-científico.