TÍTULO

Infecção do trato urinário por uso prolongado de sonda vesical em unidade de terapia intensiva e medidas profiláticas

OBJETIVO

Descrever os riscos de desenvolvimento do uso prolongado do cateterismo vesical em unidade de terapia intensiva(UTI), bem como apresentar diretrizes mais eficazes para prevenção de infecção do trato urinário(ITU) causada por cateterismo vesical e, também, alerta os profissionais de saúde das possíveis complicações da utilização de forma exacerbada da sonda vesical.

MÉTODO

Trata-se de uma revisão sistemática. Foi realizada busca nas bases de dados Medline, Lillacs e Scielo e utilizando os termos “cateterismo vesical”, “complicações”, “infecção urinária” e “sonda vesical”. Os artigos revisados foram somente os que estavam inclusos nas plataformas citadas ou tese de doutorado, indexados no período entre primeiro de janeiro de 1997 e 31 de dezembro de 2018. Os demais artigos que não se enquadravam nesses critérios foram excluídos.

RESULTADOS

De todas as infecções nosocomiais, as ITU são as mais comuns, representando cerca de 35 a 45 % de todas as infecções intra-hospitalares. Essas infecções em paciente pós-operatório representa um aumento em média de 2,4 dias no hospital, o que significa uma elevação no custo hospitalar em cerca de US$ 558 por paciente. Além disso, foi notória uma falta de fiscalização mais rigorosa nos protocolos hospitalares ou até mesmo não apresentaram, o que ocasiona tempo prolongado de sondas vesical, pois não há uma referência confiável que o profissional possa se basear, sendo assim aumentam as possibilidades do erro. Ademais, percebe-se que muitos profissionais não estão devidamente capacitados para realizar o procedimento de forma eficaz, desse modo o paciente fica mais propenso a desenvolver ITU, o que, muitas vezes, representa um risco significativo de morte para paciente que está com imunidade debilitada, haja vista que, encontram-se na UTI.

CONCLUSÕES

Por conseguinte, percebe-se que existe pouca fiscalização dos hospitais em determinar as medidas profiláticas de ITU por sonda vesical por tempo prolongado, além de haver poucos profissionais capacitados para realização do procedimento. Ainda, nota-se que isso pode ocasionar um déficit financeiro para o hospital e, também, complicações para a saúde do paciente no pós-operatório.