Dados do Trabalho
TÍTULO
AVALIAÇAO PRECOCE E TARDIA DO TUBO GASTRICO ISOPERISTALTICO PALIATIVO ASSOCIADO A QUIMIORRADIAÇAO COM INTENÇAO EXCLUSIVA E ESOFAGECTOMIA DE RESGATE NO TRATAMENTO DO CANCER DE ESOFAGO AVANÇADO.
OBJETIVO
Avaliar os resultados precoces e tardios da esofagestomia de resgate em pacientes com câncer de esôfago submetidos previamente a reconstrução com tubo gástrico isoperistáltico (TGI) com intenção paliativa e quimiorradiação (QRD) com intensão exclusiva.
MÉTODO
Janeiro de 1999 a Dezembro de 2017, foram avaliados retrospectivamente 93p com CEC avançado de esôfago considerados irressecáveis, mas com condições clinicas de serem submetidas a terapêutica cirúrgica paliativa; houve predominância do sexo masculino em 69p (74,1%)e idade variável de 51 a 74 anos (dm- 66,5 a). Em todos os p. foi realizado como tratamento inicial o TGI retro-esternal paliativo associado a QRD com intenção exclusiva e definitiva. Após estes tratamento prévios, os p. foram reestadiados, com a finalidade de proporcionar como terapêutica complementar a esofagectomia de resgate (ER). No grupo de p. submetidos a ER, foi analisado avaliação precoce relacionados as complicações pós operatórias e tardia relacionadas a sobrevida.
RESULTADOS
Em18 p (19,3%), houve pera de seguimento com o tempo variável de 3 a 6 meses após a realização do TGI e QRD, o que impossibilitou a reavaliação do estadiamento. Em 36 p (38,7%), a doença maligna evoluiu loco regional ou sistêmica, o que contraindicou a ER, tendo os paciente evoluindo a óbito entre 1 a 2 anos, sendo que em alguns desses pacientes, foi realizado quimioterapia paliativa. Nos 39p (41,9%) restantes, o reestadiamento demonstrou que a doença maligna apresentou involução e sem disseminação sistêmica, tendo sido indicado a ER. Deste grupo, em 10 p por terem comorbidades cardioavascular/pulmonar se contraindicou a ER, tendo os mesmos sobrevida de 6 meses a 4 anos, com maior predominância com 2 anos presentes e 5p. dos 29 p restantes deste grupo, todos foram submetidos a ER por via transtorácica, sendo que na avaliação precoce houve ate de 1 a 4 complicações: deiscência/estenose a anastomose em 8p (29,3%); infecção pleuro pulmonar em 11p (37,9%); cardiovascular em 3p (10,3%), quilotórax em 1p (3,4%), óbito em 5 p (17,2%). Na avaliação da sobrevida em 18p, com seguimento, todos (100%) tiveram s-v de 1 a; 13 (72,2%) de 1 a 3 a; 8(44,4%) de 3 a 5 a; 3 (16,0%) de 5 a 10 e 2 (11,1%) mas que 10 a 2p (11,1%) após 2 a 3 anos de pós operatório da ER, evoluíram com 2º tumor primário nível de cabeça e pescoço sendo submetidos a ressecção cirúrgica especifica.
CONCLUSÕES
Os artigos concluem que apesar da ER ter evoluído com complicações pós operatórias relevantes e com morbidade elevada, ela parece ter indicação adequada em pacientes bem selecionados, pois além de ter proporcionado uma sobrevida a médio e longo prazo aceitável, ela é o único e definitivo tratamento após quimiorradiação com intenção exclusiva, em pacientes com câncer de esôfago.
Área
ESÔFAGO
Instituições
HOSPITAL PUC-CAMPINAS - São Paulo - Brasil
Autores
JOSÉ LUIS BRAGA AQUINO, MARCELO MANZANO SAID, DOUGLAS ALEXANDRE RIZZANTI PEREIRA, LUIS ANTONIO BRANDI FILHO, FELIPE RAULE MACHADO, JOÃO PAULO ZENUN RAMOS, PAULA SREBERNICH PIZZINATO, ARIANE CAETANO HARDY