Dados do Trabalho


TÍTULO

ANALISE COMPARATIVA DAS COMPLICAÇOES DA ESOFAGOGASTROPLASTIA X ESOFAGOCOLOPLASTIA NAS AFECÇOES MALIGNAS DO ESOFAGO / HIPOFARINGE:ESTUDO RETROSPECTIVO EM 948 PACIENTES.

OBJETIVO

Avaliar retrospectivamente as complicações precoces do pós operatório e a evolução tardia comparando a esofagogastroplastia com a esofagoplastia em pacientes submetidos a reconstrução de transito para o tratamento das afecções malignas do trato digestivo superior.

MÉTODO

948p foram submetidos a reconstrução de transito digestivo superior por afecções malignas do esôfago / hipofaringe / cardia, com intuito paliativo/curativo, sendo os pacientes divididos em 2 grupos para reconstrução: 1) ESOFAGOGASTROPLASTIA (EGPL): 886p, com predominância do sexo masculino em 597 (67,3%), e com idade variável de 49 a 76ª (md -66,5ª); 2 )ESOFAGOCOLOPLASTIA (ECPLS): 62p, com predominância do sex masculino em 47 p(74%) e com idade variável de 47 a 79 a(md- 64,5 a). As afecções em que foi indicado a reconstrução foram: ca de esôfago torácico / cárdia – 737p (78,8%), sendo EGPL em 886p e 62 com ECPL; câncer de esôfago cervical/hipofaringe: 75p (7,9%) sendo a EGPL em 72p e 3 com ECPL; em 136p (14,3%) foi realizado tubo gástrico paliativo por tumores irressecáveis. Dos 812p submetidos a ressecção, em 703 (86,5%), foi pela via TMDL, sendo 652 no grupo EGPL e 51 no grupo ECPL; em 107 p foi pela via TT, (13,1%), sendo 96p no grupo EGPL e 11 no grupo ECPL; em 2p (0,2%) foi via toracoscopia. A via de reconstrução digestiva foi a mediastinal posterior em 556p (58,6%), sendo que em 508p no grupo EGPL e 48 no ECPL; retro-esternal em 390p (41,1%); subcutânea em 2 (0,2%). Em todos os pacientes foram avaliados as complicações pós operatórias precoces locais / sistêmicas com tratamento complementar com radioterapia/quimioterapia de acordo com o estadio e local da doença. Foi realizado avaliação tardia em termos de resgate de deglutição nos pacientes em que se conseguiu realizar seguimento, pelos critérios propostos por SAEED variável de 0 (incapaz de deglutir) a 5 (deglutição normal).

RESULTADOS

Varias complicações variável de 1 a 4 por p: fistula/estenose da anastomose esôfago/faringe cervical em 24p sendo 243 (27,5%) EGPL x 11 (17,7%) ECPL; pleuropulmonar em 351p, sendo 328(37,2%) EGLP c 23 (37,0%) ECLP; cardiovascular em 78 p, sendo 48 (8,9%) EGPL x 7 ( 11,2%) ECLP; necrose do estomago em 14 (1,5%); necrose do colo 1p (1,5%); 136p (15,3%) EGPL x 11 (17,7%) evoluíram a óbito no pós operatório. A avaliação a longo prazo foi variável de 1 a 10 anos (md 6,3 a), sendo realizado em 423 p do EGPL com critério de SAEED de 5 (deglutição nl) em 307p (72,5%), critério 4 (deglutição para pastoso sem dificuldade) e com regurgitação intermitente em 103p (24,3%) e critério 2 (deglute somente líquidos sem dificuldade) com regurgitação frequentem 13p (3,0%). No grupo ECPL, esta avaliação foi realizada em 46p, com critério 5 em 34p (73,9%), de 4 em 7p (15,2%) e de 2 em 5p (10,8%) com regurgitação frequente.

CONCLUSÕES

Apesar da EGPL e ECPL apresentarem alta morbidade, as mesmas foram adequadas pois a maioria das complicações apresentaram resolutividade satisfatória e com bom resgate da deglutição na maioria dos pacientes.

Área

ESÔFAGO

Instituições

HOSPITAL PUC-CAMPINAS - São Paulo - Brasil

Autores

JOSÉ LUIS BRAGA AQUINO, MARCELO MANZANO SAID, DOUGLAS ALEXANDRE RIZZANTI PEREIRA, LUIS ANTONIO BRANDI FILHO, FELIPE RAULE MACHADO, JOÃO PAULO ZENUN RAMOS, PAULA SREBERNICH PIZZINATO