TÍTULO

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS PACIENTES INTERNADOS COM PE DIABETICO EM UM HOSPITAL GERAL

OBJETIVO

Introdução: O Diabetes mellitus é um importante e crescente problema de Saúde Pública. Estima-se que, globalmente, sua prevalência seja em torno de 120 milhões de indivíduos, e que entre 4 a 10% destes desenvolvem lesões no pé. A síndrome do pé diabético constitui a complicação mais frequente, com uma alta taxa de amputação, internação prolongada e custo hospitalar elevado em nosso meio.
Objetivos: O objetivo do trabalho foi Identificar o perfil de pacientes cirúrgicos internados com diagnostico com pé diabético, quanto a perfil sociodemográfico, prevalência de comorbidades associadas e tratamentos realizados.

MÉTODO

Métodos: Estudo realizado no Hospital Geral de Itapecerica da Serra, foram analisados pacientes internados com o diagnóstico de pé diabético no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2017. Realizado levantamento de dados a partir de informações contidas no prontuário eletrônico do paciente acessado através do sistema assistencial Tasy®. A seleção dos pacientes foi realizada a partir de CID’s que contemplem a doença em questão (diabetes melitus) e sua complicação (úlcera de MMII e amputação).

RESULTADOS

Dos pacientes incluídos, 93% eram provenientes da área de abrangência do hospital. Em relação ao gênero, 65% dos pacientes eram do gênero masculino e 35% do gênero feminino. A média de idade dos pacientes foi 65,3 anos e 52% dos pacientes eram idosos. O tempo de diagnóstico do Diabetes Mellitus foi informado em apenas 1 prontuário, sendo de 9 anos.
Em 84,5% dos pacientes a internação foi por úlcera em pé e em 100% dos casos o tratamento foi iniciado com politerapia antimicrobiana. Nos prontuários analisados, 21% dos pacientes foram a óbito no hospital, dos quais, 61,9% em internações por complicações decorrentes do pé diabético
Dados mais detalhados dos resultados em gráficos que serão anexados ao poster
Dados da literatura mostram que cerca da metade de todas as amputações de extremidades inferiores não traumáticas são realizadas em pacientes diabéticos sendo que, ulceras nos pés precedem 71 a 85% delas. No nosso estudo, a úlcera esteve presente em 84,5% dos casos, estando próximo ao encontrado na literatura. Recentemente, estudo prospectivo realizado em Sergipe com pacientes diabéticos internados com pés ulcerados verificou que 55% (44/80) dos doentes evoluíram para algum tipo de amputação de membros inferiores. Nossos pacientes evoluíram para cirurgia em 92% dos casos, porém nosso estudo inclui nesse total desbridamentos e amputações.

CONCLUSÕES

O perfil do paciente internado por pé diabético no Hospital Geral de Itapecerica da Serra é semelhante ao encontrado na literatura na maioria dos itens epidemiológicos pesquisados. Encontramos uma discordância na literatura em relação às comorbidades associadas, fato que pode ser relacionado ao registrado não adequado dos antecedentes patológicos do paciente no prontuário. Também foi encontrado uma taxa de indicação cirúrgica superior ao descrito nos estudos realizados anteriormente.