Dados do Trabalho
TÍTULO
PLASTRAO APENDICULAR: APENDICITE PSEUDOTUMORAL – RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO
O plastrão apendicular representa 2 a 6% dos casos de apendicite aguda sendo seu tratamento ainda controverso, (VIANNA, et al, 2018)e a sua formação demonstra que a infecção do apêndice foi bloqueada por processo inflamatório intenso, englobando alças intestinais, mesentério e omento maior. O plastrão pode ser classificado como fleimão (sem pus), ou abscesso (com pus) (DE SOUZA et al, 2016).
Clinicamente, o paciente refere massa abdominal palpável, associado com sensação de peso no quadrante inferior direito do abdome, além de febre e leucocitose (DE SOUZA et al, 2016). O tempo de evolução é mais longo (5-10 dias), o ritmo intestinal está mantido, e os sinais de irritação peritoneal são bem localizados e pouco intensos (SANTOS, et al, 2010).
RELATO DE CASO
Paciente JRM, masculino, 76 anos, viúvo, lavrador, etilista durante 66 anos e tabagista durante 68 anos, deu entrada no serviço com história dor abdominal difusa gradativa há 14 dias e após 2 dias se localizou em FID, associada a ausência de evacuação há 3 dias, negou vômitos e febre.
Ao exame paciente em REG, normotenso e normopneico, abdome tenso com dor a palpação superficial e presença de massa palpável em FID, com Blumberg + e RHA diminuído. O exame laboratorial alterado foi o EAS com 85mil leucócitos, ECG com FA e alteração na repolarização, radiografia de abdome com imagem gasosa(nível hidroaéreo em FID) sugestivo de bloqueio de alças, ultrassonografia abdominal de outro serviço sugestivo de tumor abdominal, no entanto no nosso serviço foi realizado outra US de abdome total a qual veio sem alterações, colonoscopia normal.
Foi iniciado o tratamento com antibiótico (ciprofloxacino), repetido exames laboratoriais com normalização do EAS e retorno do transito com evacuações presentes, no 8ºDIH por persistência de massa em FID o paciente foi submetido a cirurgia onde foi realizado LE que não foi possível a visualização do apêndice, devido estar dissolvido dentro do bloqueio por alças, foi então realizado limpeza da cavidade e síntese de parquerquer com vicril e algodão em 2 planos, com colocação de dreno misto.
DISCUSSÃO
O tratamento conservador como abordagem inicial é defendido por vários autores; O tratamento conservador, seguido de apendicectomia imediata, tem a vantagem de manter o paciente em internação única além de ser segura e permitir o diagnóstico precoce de outras patologias, como o câncer de cólon, como descrito neste caso. O tratamento totalmente conservador, sem cirurgia, é no entanto preconizado para pacientes jovens, sem comorbidades, no qual o nosso paciente não se encaixava.
Área
COLOPROCTOLOGIA
Instituições
UNITPAC - Tocantins - Brasil
Autores
Juliane Lopes Nascimento, Ana Julia Ferreira Fernandes, Laís Rocha Brasil, Renata Gama Lino, Camila Fecury Cerqueira, Anna Carolina Pereira Gomes, Eduardo M Mesquita, Patrícia Alves Mangueira