Dados do Trabalho
TÍTULO
AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS VÍTIMAS FATAIS POR ACIDENTES DE TRÂNSITO NO ESTADO DE SERGIPE NO ANO DE 2017
OBJETIVO
Traçar o perfil demográfico e a análise espacial das vítimas fatais por acidentes de trânsito no estado de Sergipe, no período de 1 ano.
MÉTODO
Estudo ecológico, transversal, com coleta retrospectiva de dados do período de janeiro de 2017 a dezembro de 2017. Os dados foram obtidos a partir dos registros de óbito, das análises dos laudos cadavéricos e dos boletins de ocorrência encaminhados pelas delegacias do estado ao Instituto Médico Legal de Sergipe. Para a análise espacial o estado foi dividido em 3 mesorregiões de acordo com a divisão do IBGE.
RESULTADOS
Neste período ocorreram 2298 óbitos por causas externas, dos quais 392 (17%) por acidentes de trânsito. Em média 33 pessoas perderam suas vidas mensalmente em Sergipe vítimas da violência no trânsito. O grupo dito vulnerável (pedestres, ciclistas e motociclistas) sofreu a maioria dos acidentes fatais (315; 80,3%), com destaque para os condutores de motocicletas e ciclomotores com 238 óbitos (60,7%). Atropelamentos (66; 16,8%) e mortes entre ocupantes de automóveis (60; 15,3%) foram próximos e os acidentes com ciclistas (14) representaram 3,5% dos óbitos totais. O dia da semana com maior prevalência dos eventos foi o domingo (29%) e o período do dia com mais ocorrências foi o noturno (42%). Os óbitos em via pública (216) corresponderam a 55% dos casos e aqueles em unidades de saúde (168) à 43%. A maior parte dos eventos ocorreu dentro da mesorregião em que as vítimas residiam (86,3%) e o Leste Sergipano apresentou a maior prevalência em números absolutos (56%). A principal causa mortis foi o traumatismo cranioencefálico (47,9%). O gênero masculino (90%), a cor parda (86%), a faixa etária entre 20 e 29 anos (27%), os solteiros (68%), os que possuíam o ensino Fundamental I (34%) e a ocupação de lavrador (29%) predominaram entre os óbitos.
CONCLUSÕES
O estado de Sergipe apresenta proporção semelhante à média nacional do número de mortes por acidentes fatais de trânsito, embora a prevalência entre motociclistas seja superior. Indivíduos do gênero masculino, jovens, pardos, solteiros e com baixo grau de instrução foram os mais vitimados.
Área
TRAUMA
Instituições
Universidade Tiradentes - Sergipe - Brasil
Autores
Yasmin Secundo Melo, Marcus Felipe Gonçalves Feitosa, Lorena Mota de Jesus, Sílvio Roberto Silveira Assunção Júnior, Yan Thieris Santos Mesquita, Mariana Mendonça Franco Monteiro, Renata Lima Batalha de Andrade, Sonia Oliveira Lima