Dados do Trabalho


TÍTULO

PANCREATITE GRAVE COM NECESSIDADE DE MÚLTIPLAS LAPAROTOMIAS: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

A pancreatite é uma doença onde ocorre a inflamação do parênquima pancreático através do extravasamento de enzimas proteolíticas e sua ativação intracelular, podendo ser aguda ou caso haja seu prolongamento e consequente agravo crônica. A
patogênese da pancreatite aguda depende de um fator causal que pode ser tanto fisiológico quanto mecânico, dentre os mais recorrentes podemos citar colelitíase, alcoolismo e hipertrigliceridemia. O quadro clinico é bem definido encontrando principalmente dor abdominal difusa, diminuição do peristaltismo, febre e icterícia. Exames radiológicos como tomográfica computadorizada são de suma importância para a definição de um prognostico de qualidade para que se possa tomar a melhor conduta para cada caso individualmente e evitar possíveis complicações.

RELATO DE CASO

Paciente de 45 anos de idade, sexo feminino, atendida no serviço de pronto atendimento em 06 de julho de 2017 relatando dor abdominal em barra por aproximadamente 2 dias sendo associada a náuseas e vomito. Foi encaminhada para a unidade de terapia intensiva após confirmação do quadro de pancreatite grave. Evoluiu para um quadro de choque séptico e insuficiência, secundário a pancreatite e SARA, respectivamente, além de Insuficiência Renal Aguda. Houve a realização de 5 Laparotomia no total durante a internação na unidade, com colecistectomia, lavagem de cavidade e culturas das coleções com resultado positivo para KPC no liquido abdominal, peritoneostomia, drenagem de hematoma de parede abdominal, ressecção da parede e uso de curativo com
pressão negativa. Paciente recebeu alta após os 162 dias de internação, aos cuidados do home care.

DISCUSSÃO

Enquanto os efeitos sistêmicos da PA são tratados clinicamente, as condições associadas e as lesões locorregionais são os principais focos de interesse cirúrgico. Em geral, a intervenção cirúrgica está indicada para os pacientes que apresentam necrose pancreática infectada e complicações peripancreáticas (abscesso, perfuração ou obstrução de vísceras, hemorragia, pseudocistos, dentre outras), e para tratar a doença biliar, como condição associada. O desbridamento cirúrgico, precoce, da necrose pancreática, seguido de reintervenções programadas, está sendo, gradualmente, substituído pela abordagem cirúrgica
retardada, que tem se tornado seletiva, orientada pela presença da falência orgânica e do aparecimento de infecção. O desbridamento cirúrgico da necrose pancreática estéril não previne ou melhora a falência orgânica já instalada. Ademais, aumenta o risco de infecção e há indícios de aumento das complicações e das taxas de mortalidade. Por outro lado, o desbridamento cirúrgico convencional e a drenagem da loja pancreática são as abordagens indicadas para a necrose pancreática infectada, apesar de relatos ocasionais, de tratamento bem sucedido com a drenagem percutânea ou endoscópica.

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

Uniceub - Distrito Federal - Brasil

Autores

Vitor Shigueo Godoy Nakamura, Ana Paula Valerio Araújo, Thayanne Alves Veras, Pedro Gabriel Gomes Sousa, Caio Ferreira Morais, Stefanny Rodrigues Silva, Ronald Torres Olinda, Antonio Aurelio Fagundes