Dados do Trabalho


TÍTULO

COMPLICAÇOES EM CIRURGIA DE RETROCA VALVAR AORTICA: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

Foi constatado nos últimos anos que, no Brasil, há expansão progressiva
quanto a mortalidade por doenças cardiovasculares. Em 2015, uma média de cerca de 7.645
de óbitos foram registrados mensalmente e sendo, dessa maneira, 91.738 óbitos anuais. A
troca valvar é uma das cirurgias mais comum em pacientes cardiopatas, os procedimentos
mais eficazes sobre a valva aórtica e a aorta ascendente só foram possíveis a partir de 1955,
através da circulação extracorpórea. No início, somente a valvotomia ou à remoção de
depósitos de cálcio de suas válvulas eram efetivados. Porém substituições de frações dos
componentes valvares foi elaborada até a substituição total da valva.

RELATO DE CASO

Paciente masculino, 64 anos de idade, foi admitido no hospital no dia 21 de junho de 2018
com queixas de dispneia e desconforto torácico, sobretudo aos esforços. Em maio de 2014 já
havia realizado uma correlação de aneurisma de aorta ascendente com interposição de tubo
supra coronariano com troca de valva aórtica por prótese porcina e revascularização do
miocárdio. Foi submetido a uma retrocar valvar aórtica. O ato cirúrgico começou com o
paciente devidamente monitorado e sob anestesia geral. O procedimento ocorreu como
previsto, exceto após o despinçamento (de duração aproximadamente de 58 minutos) foi
constatado sangramento importante na raiz da aorta, sendo realizado novo pinçamento,
infusão de solução cardioplégica diretamente na aorta e retirada da prótese valvar, sendo
possível identificar área compatível com disjunção ventrículo-aórtico. Executou-se a rafia,
reimplantado a prótese valvar e feito novamente o despinçamento aórtico. Outro
sangramento importante em parede de ventrículo direito foi observado, havendo necessidade
de ventriculotomia detectando importante sangramento proveniente do septo
interventricular. Mais uma vez foi feito o pinçamento e correção com múltiplos pontos
ancorados em pericárdio bovino e também uma ventriculorrafia com patch de pericárdio
bovino.

DISCUSSÃO

O reparo valvar tornou-se o procedimento de escolha para o tratamento
das valvopatias mitral. Muitos estudos publicados demonstram que a plastia é preferível à
substituição da valva. Um dos fatores que podem aumentar a morbimortalidade no pós-
operatório, principalmente em idosos, é o tempo de CEC. A CEC prolongada, além do processo
inflamatório sistêmico, predispõe a complicações pós-operatórias, principalmente
respiratórias e a necessidade de utilização do BIA espelha a instabilidade hemodinâmica. Nota-
se, também, maior morbidade em pacientes submetidos à cirurgia de urgência em relação à
cirurgia eletiva. As complicações da cirurgia cardíaca podem se relacionar às doenças pré-
existentes como doenças pulmonares prévias, DPOC, asma, tabagismo, idade avançada, mau
estado nutricional, obesidade, diabetes, entre outras. Entre as complicações mais comuns,
encontramos a fibrilação atrial e flutter, congestão pulmonar e AVE.

Área

CIRURGIA VASCULAR

Instituições

UnB - Distrito Federal - Brasil

Autores

Bruna Bolzan Gonçalves Ferreira, Bianca Machado Ferreira, Thayanne Alves Veras, Pedro Gabriel Gomes de Sousa, Caio Ferreira de Morais, Stefanny Rodrigues da Silva, Ronald Torres de Olinda, Antônio Aurélio de Paiva Fagundes Junior