Dados do Trabalho


TÍTULO

PERFIL DAS ESPLENECTOMIAS DO CENTRO DE TRAUMA DO INSTITUTO HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL DE 2016 A 2019

OBJETIVO

Analise dos pacientes vitimas de trauma abdominal com lesão esplênica e necessidade de esplenectomia em um centro de trauma da capital federal.

MÉTODO

Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo com abordagem de pacientes que realizaram esplenectomia em um centro de trauma de Brasília - DF.
Como critério de inclusão tem-se: vítimas de trauma submetidas à esplenectomia
Analisou-se: traumas fechados e abertos, o mecanismo de trauma, grau da lesão, necessidade de terapia intensiva, choque na admissão hospitalar e lesões em demais órgãos, sexo e idade.
A etiologia do trauma foi dividida em quatro grupos: Veículo auto-motor (VAM), atropelamento, queda de nível, agressão, penetrante e acidente de trabalho.
Excluiram-se as esplenectomias que foram realizadas por etiologia diferente de trauma.

RESULTADOS

A incidência em homens foi maior 92% e mulheres 8%. A faixa etária mais prevalente foi de 16 a 25 anos, 42%, de 26 a 35 anos, 25%, de 36 a 45 anos, 13% e adultos de mais de 55 anos 8%. As faixas etárias menores de 15 anos e o intervalo de 46 a 55 anos obtiveram incidência, ambos, de 6%.
O trauma fechado obteve 83% de incidência e os traumas abertos 17%. Dentre os mecanismos, veículo auto-motor (VAM) foi mais incidente 54%, penetrantes 17%, atropelamento 13%, queda de nível 10%, acidentes de trabalho 4% e agressão 2%.
Dos 48 pacientes, a lesão de Grau III foi mais incidente 40%, Grau IV 23%, Grau II 19%, Grau V 14% e Grau I 4%.
Dentre os traumas por VAM, as lesões de Grau III representaram 46% dos casos, Grau IV 27%, Grau V 23 %, Grau II 4 %. Entre as vítimas de atropelamento, as lesões de Grau II obtiveram 67% de incidência e as de Grau II 33%. As vítimas de queda com lesão de Grau IV foram 60%, Grau II 20% e Grau III, ambas, 20%. Neste estudo, houve 1 casuística de agressão, sendo esta lesão de Grau II. Já nas vítimas de traumas penetrantes, o Grau III obteve 37% de incidência, Grau II 25%, Grau IV e Grau V, ambos, 13% e, Grau I 12%. E dentre os 2 prontuários resultantes de acidente de trabalho, 1 obteve lesão de Grau I e 1 lesão de Grau III.
Metade dos pacientes necessitaram de terapia intensiva, sendo que 4% (2) deles evoluíram à óbito no intraoperatório.
Em relação ao tempo de internação, 52% permaneceram internados por menos de 30 dias, 29% entre 30 e 60 dias, 15% mais que 60 dias, sendo que 4% foram ao óbito.
Sobre as lesões associadas, 83% tiveram demais lesões. Entre os órgãos acometidos, 25% foram no fígado. Arcos costais e demais ossos representaram, ambos, 21%, pulmões 16%, rins 12% e intestino com 5%.
6 pacientes evoluíram com choque hemorrágico antes do procedimento ser realizado, sendo 2 evoluindo à óbito, 2 à terapia intensiva e 2 permaneceram sem complicações.

CONCLUSÕES

A prevalência de traumas esplênicos foi maior em jovens homens bem como o VAM foi o mecanismo de trauma mais incidente. Conhecer as etiologias e, sobretudo, as complicações são essenciais para a indicação cirúrgica e o tratamento correto dessas lesões.

Área

TRAUMA

Instituições

IHB-DF - Distrito Federal - Brasil

Autores

Renato Diniz Lins, Rodrigo Belem Caselli, Tristão Maurício De Aquino Filho, Iuri Fernando Coutinho e Silva, Renata Gabriela De Morais Vargas