Dados do Trabalho
TÍTULO
RECONSTRUÇAO DE VEIA AXILAR COM ENXERTO HELICOIDAL DE VEIA SAFENA MAGNA EM CIRURGIA ONCOLOGICA: UM RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO
O cancer de mama é a neoplasia mais incidente na população feminina após os tumores de pele não melanoma. Existem diversas modalidades de tratamento para o cancer de mama: quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, hormonioterapia e tratamento cirúrgico. As abordagens cirúrgicas incluem a quadrantectomia ou setorectomia e a mastectomia. Como o tecido mamário normalmente drena para os linfonodos localizados na axila, e o envolvimento neoplásico desses linfonodos é uma indicação de possível disseminação do cancer e de sua presença em outros sítios, além da retirada da lesão é importante realizar a linfadenectomia axilar, ou seja, a retirada dos linfonodos dessa região.
RELATO DE CASO
O presente trabalho visa relatar o caso de uma paciente de 53 anos com uma neoplasia de mama que se submeteu a uma quadrantectomia com esvaziamento axilar. No intraoperatório, observou-se bloco linfonodal totalmente aderido em veia axilar direita, e procedeu-se a ressecção da veia axilar direita com realização de enxerto helicoidal de veia safena magna direita. A veia safena magna direita foi retirada e tentou-se realizar a dilatação da mesma, visando uma melhor anastomose com a veia receptora, usando uma seringa e soro fisiológico, porém não houve sucesso. A veia safena magna foi então dissecada e envolta em uma seringa com posterior anastomose para tunelização, utilizando prolene 6-0. A seguir, foi realizada anastomose termino-terminal na veia axilar utilizando prolene 4-0.
DISCUSSÃO
Existem diversas técnicas de reconstrução de veia axilar, como ligaduras, reparo com sutura lateral, anastomose terminoterminal, tela (patch), enxerto venoso e enxerto helicoidal. No caso em questão, a escolha do enxerto helicoidal se deu por conta dele ser um enxerto autólogo, ou seja, proveniente de tecidos do próprio paciente. Além disso, apresenta menor trombogenicidade quando comparado aos enxertos vasculares sintéticos, o que é um importante fator a ser considerado, já que a paciente apresenta maior suscetibilidade a ocorrência de eventos tromboembólicos devido a neoplasia. Uma das complicações mais comuns do esvaziamento axilar consiste no linfedema, ou seja, uma obstrução ou interrupção dos vasos linfáticos que resulta em um edema do membro. Na consulta pós-operatória da paciente em questão, não evidenciou-se linfedema no membro superior direito.
Área
CIRURGIA VASCULAR
Instituições
Hospital do Rocio - Paraná - Brasil
Autores
Amanda da Silva Anjos, Laize Ribas Turok, Jefferson Wrublack Cuba, Rafael Vieira Kwiatkowski, Diego Carvalho Duarte Mari, Brenno Giovanni Hernando Vidotti, Brenno Giovanni Hernando Vidotti