Dados do Trabalho


TÍTULO

EXAMES PRE-OPERATÓRIOS EM PACIENTES HÍGIDOS - CONDUTA DOS ANESTESIOLOGISTAS E DOS CIRURGIÕES

OBJETIVO

Identificar o grau de conhecimento e a opinião de cirurgiões gerais e anestesiologistas acerca das principais diretrizes de rotina pré-operatória e a sua aplicação prática em pacientes hígidos submetidos a cirurgias eletivas de baixo risco.

MÉTODO

Estudo observacional, transversal, descritivo-analítico, com abordagem qualitativa e quantitativa, desenvolvido entre agosto de 2017 e abril de 2018 com profissionais especialistas da área médica. A população foi composta por 20 cirurgiões gerais e 20 anestesiologistas, com mais de um ano na especialidade e que atuam em cirurgias eletivas em hospitais particulares e públicos de Aracaju, Sergipe, Brasil. Foi elaborado um questionário com 29 questões (objetivas e subjetivas) baseado em roteiro de entrevista proposto por Patey et al. (2012), com o intuito de comparar as convicções sobre diretrizes de rotinas pré-operatórias atuais para cirurgias eletivas de baixo risco. Utilizou-se o Theoretical Domains Framework (TDF) para construção e posterior interpretação do questionário aplicado.

RESULTADOS

A maioria dos profissionais do estudo apresentam menos de 10 anos de atuação em sua respectiva especialidade; além disso, 85% dos anestesiologistas e 80% dos cirurgiões afirmaram conhecer as diretrizes de rotina pré-operatória e acreditam que estas são confiáveis; todavia, para 45% dos especialistas do primeiro grupo e para 60% do segundo grupo, a experiência é mais norteadora à solicitação de exames complementares do que as recomendações. A conduta em relação a solicitação desses é apontada como uma rotina rápida e automática por mais da metade dos cirurgiões (55%). Quanto aos anestesiologistas, a maioria referiu realizar planejamento e discussão com os pacientes (30%) ou com a equipe (35%). Apesar do predomínio na concordância com o uso de diretrizes pré-operatórias, 70% dos cirurgiões e 60% dos anestesiologistas evocaram receio de não solicitar testes complementares em uma avaliação pré-operatória.

CONCLUSÕES

A maioria dos profissionais apesar de conhecerem esses guidelines, não aderem às suas orientações em virtude da grande judicialização das condutas médicas. Porém, alguns dos especialistas apontaram que a promoção e divulgação dos trabalhos sobre diretrizes de rotina pré-operatória seriam boas ferramentas para aumentar a adesão às suas recomendações.

Área

ENSINO MÉDICO

Instituições

Universidade Tiradentes - Sergipe - Brasil

Autores

Nazareth Ferreira Bueno, Matheus Nogueira de Souza, Flávia Rufino Alves de Almeida, Guilherme Carvalho de Botelho Monteiro, Marcus Felipe Gonçalves Feitosa, Laís Carvalho Feitosa, Fernanda Rodrigues Rocha, Valdinaldo Aragão de Melo