TÍTULO

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE AS ULCERAS GASTRICAS E DUODENAIS NAS REGIOES BRASILEIRAS

OBJETIVO

Investigar de forma comparativa os casos registrados de úlceras gástricas e duodenais em diferentes regiões brasileiras.

MÉTODO

Trata-se de um estudo ecológico, com base nos dados do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS), onde foram coletadas informações referentes ao período de novembro de 2013 a novembro de 2018.

RESULTADOS

Foram 58.454 internações por úlceras gastroduodenais, sendo destes 55.503(94,9%) em caráter de urgência e o restante (5,1%) de caráter eletivo. Com relação às regiões do país, o Sudeste (SE) apresentou o maior índice de internações, foram 22.583 casos, que representa 38,6% de todo país. A segunda região com mais casos é o Nordeste (NE) com 12.813 (21,9%), seguido do Sul (SU) com 10.619 (18,1%), Centro-Oeste com 5.599 (9,5%) e, por último, Norte com 3.889 casos, representando apenas 6,6% do total de casos do país. A faixa etáriaque apresentou maior incidência de casos foi entre 50 a 59 anos, com significativos 10.971 casos (18,75%). Levando-se em conta o sexo da população neste intervalo de tempo, temos 37.450 do sexo masculino e 21.004 do sexo feminino. Vale ressaltar que não houve qualquer ano em que os números de casos em mulheres superassem o do sexo oposto. Em 2014 houve o maior numero de internações por úlceras gástricas e duodenais, com o valor de11. 949, sendo 63,45% do sexo masculino. E, em 2018, nota-se a menor porcentagem de acometimento no sexo feminino, sendo 17,7% do total desse ano. Considerando a cor/raça, observa-se uma maior incidência na população branca com um total de 20.617 (49%) dos registros. Em seguida encontra-se a população parda com 17, 987 (42,8%) dos relatos. Na população indígena, vemos um total de 82 casos de internações, nos levando a indagar sobre a real extensão e coleta de dados sobre essa população. Quanto ao regime de internações, vemos a prevalência do regime público em todo o país, exceto no Sul, onde a quantia total no regime privado é de 2.815 casos, enquanto 1.511 são públicas. 41,99% dos casos foram ignorados quando considerado o regime como elemento classificador. Tendo em vista o valor dos serviços hospitalares, temos no Brasil registrado o valor total de R$ 43.997.700,97 nesse intervalo de tempo, sendo 49,25% do gasto no SE, e logo em seguida temos o SU com 21,3% dos gastos totais.

CONCLUSÕES

Sendo a infecção pelo Helicobacter pylori a causa mais comum das úlceras (Guimarães, 2008), além de determinados medicamentos e outras causas, devemos controlar esses fatores de risco diminuindo o consumo de bebidas alcoólicas, tabaco e o uso indiscriminado de analgésicos e antiinflamatórios. Isso contribui com a questão dos maiores índices serem de acometimento masculino e de faixa etária elevada, pois estes apresentam um estilo de vida de maior risco.

PALAVRAS CHAVE: Úlcera Gastroduodenal; Úlcera Péptica; Epidemiologia