Dados do Trabalho
TÍTULO
TRATAMENTO ENDOSCOPICO DE ESTENOSE DE VIA BILIAR DECORRENTE DE PROCEDIMENTO CIRURGICO.
INTRODUÇÃO
O DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA ENDOSCÓPICA NAS ÚLTIMAS DUAS DÉCADAS TEM OFERECIDA UMA OPÇÃO SEGURA À TERAPÊUTICA CIRÚRGICA DAS LESÕES DAS VIAS BILIARES. SENDO QUE A TERAPÊUTICA ENDOSCÓPICA CONTRIBUI PELA DOCUMENTAÇÃO, DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO E INTERVENÇÃO DEFINITIVA. PRINCIPAIS CAUSAS DE ESTENOSES BENIGNAS SÃO DECORRENTES DE PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS E COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMARIA. A LESÃO IATROGÊNICA DO DUCTO BILIAR OCORRE FREQUENTEMENTE APOS COLECISTECTOMIAS. NAS CG ABERTAS DE 0,1-0,5% E NAS VDL DE 0,25-1,0%, OUTRAS CAUSAS PODEM OCORRER COMO LESÕES ISQUÊMICAS MICROVASCULARES APÓS DISSECÇÃO CIRÚRGICA E INFLAMAÇÃO ADJACENTE OU USO DE CAUTERIZAÇÃO MONOPOLAR
RELATO DE CASO
PCT A.V.M. 30 A, FEMININO COM AP COLELITÍASE SINTOMÁTICA, SEM OUTRAS COMORBIDADES. INTERNA ELETIVAMENTE PARA REALIZAR COLECISTECTOMIA VDL, NO DESCOLAMENTO DA VESÍCULA CISTICO-FUNDICA DE LEITO HEPÁTICO INICIA SANGRAMENTO VOLUMOSO, NÃO SENDO POSSÍVEL IDENTIFICAR SUA TOPOGRAFIA, OPTAM-SE POR CONVERTER CIRURGIA. REALIZADO INCISÃO DE KOCHER COM COLECISTECTOMIA FUNDO CÍSTICA, IDENTIFICADO SANGRAMENTO ATIVO DE ARTÉRIA HEPÁTICA DIREITA, HEMOSTASIA COM PONTO EM X COM PROLENE 4-0, COM PARADA DE SANGRAMENTO. LOCADO DRENO TÚBULO LAMINAR EM LEITO VESICULAR, COM EXTERIORIZAÇÃO EM FD.
3º PO EVOLUI SEM DOR ABDOMINAL, DEBITO DE DRENO SEM QUANTIFICAÇÃO, COM DISCRETO AUMENTO DE BILIRRUBINAS TOTAIS 3,70 E BILIRRUBINAS DIRETA 3,3, DIETA LEVE HIPOGORDUROSA
5º PO PCT COM DOR ABD E NÁUSEAS APÓS DIETA, DRENO SEM QUANTIFICAÇÃO. REALIZADO USG DE ABD TOTAL FÍGADO SEM ALT NOS TRAJETOS VASC. AUSÊNCIA DE DILATAÇÃO DE VIAS BILIARES INTRA-HEPÁTICAS. COLÉDOCO COM CALIBRE PRESERVADO (5 MM). BT 5,6 E BD DE 5,0, EM ASCENSÃO. SOLICITADO CPRE.
9º PO MANTEM QUEIXAS, PCT EM JEJUM, DIETA PARENTERAL, ICTÉRICA 4/4+ DRENO 30 ML SEROSO, BT 12,4 E BD 11,3
11º PO REALIZADO CPRE, VISUALIZADO SUBESTENOSE CICATRICIAL EM HEPATOCOLEDOCO MÉDIO PROXIMAL, DILATAÇÃO DA AREA SUBESTENOTICA COM SOEHENDRA 7 FR E PASSAGEM DE PROTESE BILIAR PLÁSTICA 7 FR X 12CM. REAGENDADO NOVA CPRE PARA 1 SEMANA APOS.
APOS CPRE PCT EVOLUI COM MELHORA DOS SINTOMAS, QUEDA DE BT E BD PARA DENTRO DOS VALORES DA NORMALIDADE.
18º PO NOVA CPRE COM SINAIS ENDOSCÓPICOS DE PAPILOTOMIA PREVIA, PRÓTESE BILIAR PLÁSTICA TRANSPAPILAR COM DRENAGEM DE SECREÇÃO BILIAR. RETIRADA DE PROTESE BILIAR PLASTICA TRANSPAPILAR COM AUXILIO DE STENT RETRIEVER SOEHENDRA. ESTENOSE BILIAR EM HEPATACOLEDOCO MEDIO. DILATACAO GUIADA DA ESTENOSE BILIAR MEDINDO 8.5 FR. DILATAÇÃO BALONADA DA ESTENOSE BILIAR COM BALÃO HURRICANE 6 MM X 4 CM. PASSAGEM DE PRÓTESE BILIAR PLASTICA 10 FR X 10 CM.
APOS 2 DIAS, RECEBE ALTA, ANICTERICA, BT 1,7 E BD 1,5. SEM DOR ABDOMINAL, NÁUSEAS. ACEITANDO BEM DIETA ORAL.
SEGUE EM ACC COM O SERVIÇO. RETORNO AMBULATORIAL, NEGA QUEIXAS E/OU INTERCORRENCIAS DESDE A ALTA.
DISCUSSÃO
ESTENOSES PÓS-OP. SÃO CLASSIFICADAS POR BISMUTH-STARSBERG. FREQUENTEMENTE ESTÃO LOCALIZADAS ABAIXO DO HILO. O TTO CIRÚRGICO COM SUCESSO É DE 73 - 90%. A MORBIDADE VARIA DE 7 - 96 % E A MORTALIDADE DE 0 - 13 %.
Área
VIAS BILIARES E PÂNCREAS
Instituições
HESAP - HOSPITAL ESTADUAL DO SAPOPEMBA - São Paulo - Brasil
Autores
CARLOS DORACIO JUNIOR, LEONARDO HATSUO TANAKA, LETICIA AKEMI SUZUKI, RODRIGO SIQUEIRA BONACHI, THIAGO CARELI DE ALMEIDA, MARIO LUIZ QUINTAS