Dados do Trabalho


TÍTULO

NEOPLASIA MUCINOSA DE APENDICE: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO: Lesões mucinosas do apêndice, caracterizadas pelo acúmulo de muco intraluminal, são geralmente descobertas acidentais no exame de imagem devido a pouca sintomatologia clínica. Podem ser lesões neoplásicas ou não. A Ultrassonografia (US) e a Tomografia Computadorizada (TC) podem diagnosticar e sugerir malignidade do mucocele de apêndice, porém, a confirmação só é feita com o anatomopatológico (AP). O tratamento é cirurgico e controverso em relação à agressividade de ressecção.

RELATO DE CASO

RELATO DE CASO: Masculino, 54 anos previamente hígido, procura pronto atendimento com queixa de dor abdominal inespecífica e difusa, sem outros sisntomas associados, de início há 3 dias. Ao exame físico: dor a palpação superficial e profunda difusamente sem sinais de peritonismo. Já havia procurado outro serviço, com as mesmas queixas e trazia consigo um US de abdome, que evidenciou massa no quadrante inferior direito. Solicitou-se uma TC de abdome que evidenciou uma imagem de aspecto cístico alongada, de grandes dimensões, em íntimo contato com o apêndice cecal, em situação retrocecal de natureza indeterminada, sugerindo o diagnóstico de mucocele de apêndice. Discutido com o paciente, foi realizada laparotomia mediana infraumbilical. No intra-operatório, foi encontrado apêndice aumentado, endurecido com aspecto cístico, com base livre e delgada, sem sinais de acomentimento de parede intestinal ou vascular. Optou-se por apendicectomia sem ressecção intestinal com envio da peça para AP. Na análise macroscópica, visualizou-se grande quantidde de muco intraluminal. Paciente evolui sem complicações no pós-operatório. Mantem-se em acompanhamento ambulatorial sem intercorrências. O resultado do AP confirmou cistoadenoma mucinoso de apêndice sem malignidade.

DISCUSSÃO

Mucocele de apêndice é uma entidade pouco comum na prática do cirurgião. Sua etiologia ainda possui muitas controvérsias, apesar de se saber sobre a possibilidade de malignidade da lesão. Atualmente, não há dúvidas que o tratamento é cirurgico, porém, muito se discute em relação à agressividade. Este relato de caso apresenta um paciente tratado com apendicectomia sem extensão para ressecção de órgãos adjacentes principalmente por não apresentar alterações da base do apêndice e sem outros acometimentos no inventário da cavidade. Durante o ato operatório, mostra a importância da avaliação do cirurgião em relação à crítica da peça encontrada e a agressividade da patologia.

Área

COLOPROCTOLOGIA

Instituições

FACERES - São Paulo - Brasil

Autores

ISABELA CEZALLI CARNEIRO, TAYRA HOSTALACIO BRITO, LISANDRA DATYSGELD SILVA, NATASSIA ALBIRICI ANSELMO, RAPHAEL RAPHE, PAULO EDUARDO MONTEIRO