Dados do Trabalho
TÍTULO
Modelos experimentais de indução de diabetes: Revisão de literatura.
OBJETIVO
OBJETIVO: Realizar um levantamento acerca dos atuais conhecimentos na literatura científica sobre os modelos experimentais de indução de Diabetes.
MÉTODO
MÉTODO: Esse estudo foi realizado através de revisão de literatura, a partir da análise de artigos e publicações online que fizessem referência à Diabetes, com ênfase nos modelos experimentais de indução. Os artigos foram coletados utilizando-se como fonte a base de dados eletrônica Scielo, MEDLINE/Pubmed e Lilacs com os seguintes descritores Diabetes Mellitus Experimental, Aloxano, Estreptozotocina. Foram selecionados artigos em português, em espanhol e em inglês, materiais encontrados com data de publicação anterior ao ano de 2014 foram descartados. Das referências que abordavam sobre Diabetes, 63 foram analisadas, das quais 41 foram excluídas através de leitura analítica por não se adequarem ao objetivo desse estudo.
RESULTADOS
RESULTADO: O método de indução de Diabetes em ratos mais citado na literatura é a indução por estreptozotocina (STZ), a qual, mediante administração via intraperitoneal, induz a destruição do DNA, por meio de mecanismos de ação diferentes, como a alquilação dessa molécula e pela geração de EROs (Espécies Reativas de Oxigênio). Outro modelo de indução de Diabetes tipo 2 encontrado foi a utilização da estreptozotocina e alimentos com gordura, o qual imitaria a progressão natural e as mudanças que ocorrem gradualmente no metabolismo dos seres humanos com diabetes tipo 2. A literatura também descreve o modelo Nicotinamida-estreptozotocina, o efeito protetor da nicotinamida em animais com diabetes é usado para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, ao prevenir a destruição das células B funcionais. Todavia, uma das desvantagens da indução por STZ é que esta pode causar alterações histopatológicas no epidídimo, podendo conduzir à infertilidade masculina. Foram encontrados também trabalhos citando o modelo de indução por aloxano, o qual é mais utilizado como modelo de diabetes tipo 1. Esta substância atua por bloqueio de glicoquinases e por geração de radicais livres em células B do pâncreas. No entanto, possui duas desvantagens principais desse método são a nefrotoxicidade, além da sua influência no fígado reduzindo a concentração e a atividade das glicoquinases, induzindo diabetes do tipo 1. Ademais, associa-se o aloxano e a STZ para a indução de diabetes em grávidas, utilizados para provocar diabetes gestacional em ratos. Apesar de estar em desuso atualmente, o primeiro método de indução de diabetes em animais foi a pancreatectomia em cães, a qual confirma o papel central do pâncreas na homeostase da glicose.
CONCLUSÕES
CONCLUSÃO: Constatou-se que o modelo mais citado na literatura é a indução por estreptozotocina, dado que esta é mais propensa a induzir diabetes de tipo 2, a qual é mais prevalente na população humana. Para indução de diabetes de tipo 1, ambas substâncias podem ser utilizadas, já que destroem células Beta do pâncreas, diminuindo a produção de insulina.
Área
EXPERIMENTAL / PESQUISA BÁSICA
Instituições
LCE/UEPA - Pará - Brasil
Autores
Juan Enrique Costa, Leticia Fonseca Macedo, Liduina Moraes Castro, Camila Cristina Pereira Leitão, Giselle Almeida Couceiro