Dados do Trabalho


TÍTULO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS HEPATITES VIRAIS NO BRASIL NO PERÍODO DE 2008 A 2018

OBJETIVO

Identificar o perfil epidemiológico das hepatites virais no Brasil no período de 2008 a 2018.

MÉTODO

Trata-se de um estudo ecológico de serie temporal descritivo, cujos dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação no banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, e apresentados em forma de gráficos no programa Microssoft ExcelR 2013.

RESULTADOS

Tendo em vista as informações coletadas, o perfil epidemiológico das hepatites virais no Brasil no período de 2008 a 2018 é composto majoritariamente pelo sexo masculino, representado por 56%, com aumento progressivo na diferença entre os sexos. No quesito faixa etária, predominou-se as idades de 40 a 59 anos (40%), seguido de 20 a 39 anos (31%). E na variável escolaridade, a maioria dos casos se apresentou em indivíduos com ensino médio completo (15%). Quanto ao mecanismo/fonte de infecção, teve uma prevalência da transmissão transfusional (21,5%), seguido pela transmissão sexual com 11% e uso de drogas injetáveis. Em relação a classificação etiológica, o maior número de casos relaciona-se ao vírus C (46%) seguido pelo vírus B (35%), com aumento progressivo do número de casos. Analisando a forma clínica, houve uma prevalência significativa na crônica com 72%.

CONCLUSÕES

Diante dos resultados obtidos, é possível concluir que o perfil epidemiológico das hepatites virais no Brasil é composto pelo sexo masculino, de 40 a 59 anos, com ensino médio completo. Além disto, tem como fonte de infecção transfusões sanguíneas, agente etiológico principal, é o vírus C e diagnosticada principalmente na forma crônica. Tendo em vista a variável sexo, prevalece homem por estar mais comumente relacionado a relações sexuais desprotegidas, sem parceiro fixo e uso de drogas injetáveis. Quanto a faixa etária, justifica-se pelo fato das hepatites virais apresentarem sintomas discretos ou serem assintomáticas, tendo seu diagnóstico muitas vezes anos após contaminação, o que explica também o porquê da forma crônica prevalecer. Sob a ótica do nível de escolaridade, contraditoriamente, o maior numero de casos enquadra-se no nível médio completo, o que remete que o conhecimento básico não é eficaz para sua prevenção. Outro ponto analisado refere-se a fonte/mecanismo de infecção, onde prevalece a transmissão por transfusão sanguínea, já que alguns anos atrás não haviam métodos de testagem sanguínea para prevenção da transmissão de doenças, deste modo, as contaminações antigas são diagnosticadas agora. E por último, a predominância de infecções por vírus C, o que se justifica pelo fato de não haver vacina para este vírus e por sua relativa facilidade para transmissão.

Área

FÍGADO

Instituições

Faculdade de Ciências Agrárias e da Saúde - Bahia - Brasil

Autores

Carolina Cairo Oliveira