Dados do Trabalho


TÍTULO

AS PRINCIPAIS VARIAÇÕES ANATÔMICAS DA ARVORE BILIAR E SUA CORRELAÇÃO COM A COLECISTECTOMIA

OBJETIVO

Descrever as relações encontradas entre as variações anatômicas das vias biliares e a cirurgia de colecistectomia, bem como as dificuldades encontradas no procedimento por conta dessas mutabilidades.

MÉTODO

Foi realizada uma revisão sistemática a partir de um levantamento bibliográfico na base de dados eletrônica BIREME, utilizando como palavra-chave para pesquisa o termo: “variações das vias biliares”, com utilização de filtro para artigos produzidos a partir do ano de 2008. Foram encontrados 29 artigos, os quais foram escolhidos 14, pois eram os que melhor abarcavam sobra a temática envolvida, abrangendo as intervenções cirúrgicas levando em conta as possíveis variações anatômicas

RESULTADOS

A cirurgia de colecistectomia, consiste de maneira geral numa dissecação do triângulo de Calot para identificação de estruturas, além da dissecação e liberação do ducto e artéria cística, com secção e ligaduras das duas estruturas, retirando a vesícula através de incisões realizadas com eletrocautério, tendo cautela para evitar lesões no parênquima hepático. Porém, as variações anatômicas dificultam o processo, aumentando o risco de iatrogenias. Uma das variações com maior dificuldade de conduta é a duplicação da vesícula biliar quando o cirurgião deve ter cautela para evitar lesões na via biliar principal. Outrossim, as variações de ductos são os maiores desafios, sendo a variação mais frequente, uma que o ducto cístico segue ao lado do ducto hepático comum, aderindo a ele mais inferiormente, o que dificulta o campleamento cirúrgico. É importante ressaltar a existência de evidências de que uma junção hepato-cística a um nível muito baixo pode causar estagnação de bile e refluxo para o pâncreas. Ademais a implantação baixa das vias biliares extra-hepáticas, na qual haverá confluência do hepático direito e esquerdo próximo ao duodeno, associadas a um ducto cístico curto, pode confundir o cirurgião que realizará a ligadura do ducto hepático direito. É possível ainda classificar as variações anatômicas, envolvendo a vascularização do trígono cisto-hepático sendo que em 30% dos casos, a artéria cística foi a única estrutura presente no trígono cisto-hepático; em 14% o trígono foi ocupado pela artéria cística, veia porta hepática e artéria hepática direita; em 8% estavam presentes as artérias cística e hepática direita; em 22% dos casos os indivíduos não apresentaram nenhuma dessas estruturas no trígono cisto-hepáticos e outros 26% expressaram outras variações.

CONCLUSÕES

Pode se concluir que o conhecimento das variações anatômicas é de suma importância para a maior segurança do cirurgião durante o procedimento, diminuindo assim ações iatrogênicas. Vale ressaltar, também que a dissecação cuidadosa do trígono cisto-hepático, no início da cirurgia, protege suas estruturas em casos de variações anatômicas.

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

UNIVERSIDADE TIRADENTES - Sergipe - Brasil

Autores

Francisco Daniel Nunes Cruz, Luan Mateus Rodrigues Sousa, Artur Neves Cardoso, Cassia Lorena Dantas Rodrigues, José Aderval Aragão, Fabio Neves Santos, Sérgio Pedroso Junior, Iuri Marcel Alves Prates