TÍTULO

INTERNAÇOES CAUSADAS POR COMPLICAÇOES NA ASSISTENCIA MEDICA E CIRURGICA NO ESTADO DO TOCANTINS NO PERIODO DE 2014 A 2018

OBJETIVO

Apresentar informações que aponte uma má política de intervenção do Sistema Único de Saúde na problemática das complicações causadas no momento da assistência médica e cirúrgica ao cliente. E levantar questionamentos com enfoque na negligência ao notificar tal morbidade.

MÉTODO

Trata-se de uma pesquisa retrospectiva-descritiva desenvolvida a partir de consulta ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisados registros na categoria de causas externas no Grupo de: Complicação médica e cirúrgica no estado do Tocantins ressaltando sua evolução em número de internações, faixa etária e sexo mais acometido entre 2014 a 2018. Com isso, elencou-se um comparativo entre o número de internações por municípios e sua população. Com enfoque nos quatro maiores municípios, segundo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que é Palmas, Araguaina, Gurupi e Porto nacional, respectivamente.

RESULTADOS

No período de intervalo entre 2014 e 2018 foram totalizadas 510 internações provenientes de complicações médicas e cirúrgicas no estado. Deste total, o maior número de internações se concentra em palmas, com 344 casos, seguidos de Porto Nacional, com 51 e Araguaina, com 42. Gurupi, que é a terceira maior cidade do estado aparece apenas com uma internação notificada por esta causa. Ficando atrás de municípios com pouco mais de 6 mil habitantes como Arapoema que possui 5 notificações no mesmo período. A faixa etária mais acometida é entre 70 e 79 anos, com 71 casos. Seguida da faixa de 60 a 69 anos, com 68 casos e de 20 a 29 anos, com 59 agravos. De acordo com o sexo, dos 510 registros, 266 são do gênero masculino (52,15%).

CONCLUSÕES

Observou-se número significativo de agravos que provocaram internações por motivos de assistência médica e cirúrgica indevida, o que demonstra que faltam políticas públicas ou melhorias das já existentes para amenizar essa morbidade e consequente benesse na diminuição de custos na manutenção destes pacientes no Sistema Único de Saúde. Evidencia que a população idosa é a mais acometida, seguida da população jovem adulta. Expõe, de forma intrínseca, a falta de suporte dos profissionais que atuam no sistema, falta de reciclagem e aprimoramento de condutas médicas e protocolos vigentes. Elucida que Palmas é o município com mais internações por esta causa, seguindo a lógica, por ser o de maior população, mas Gurupi, terceira maior cidade do estado em habitantes, notifica apenas uma internação no período estudado o que levanta questionamentos quanto às notificações no município.