TÍTULO

PROCEDIMENTOS CIRURGICOS SEGUNDO O CARATER DE ATENDIMENTO

OBJETIVO

Analisar os procedimentos cirúrgicos realizados entre janeiro e dezembro de 2018 segundo o caráter de atendimento a nível Nacional. A emergência definida como constatação de agravo a saúde que implique sofrimento intenso ou risco iminente de morte, exigindo tratamento imediato e a urgência caracterizada como ocorrência imprevista de agravo a saúde com necessidade de assistência médica imediata tem prioridades temporal no atendimento e apresentam peculiaridades como maior tempo de recuperação e pior prognóstico (BRASIL, 2014). Já o procedimento cirúrgico eletivo definido como atendimento prestado em ambiente cirúrgico, com diagnóstico estabelecido e indicação de cirurgia no qual há a possibilidade de agendamento prévio, apresenta contrariamente à conjectura emergencial um uma expectativa mais positiva ao paciente e ao serviço de saúde (BRASIL, 2011). Surge-se então a necessidade indagativa de se conhecer a realidade dos atendimentos cirúrgicos no país.

MÉTODO

Trata-se de uma pesquisa retrospectiva-descritiva desenvolvida a partir de consulta ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisados as cirurgias realizadas de acordo com o caráter de atendimento em âmbito Nacional no período de janeiro a novembro de 2018.

RESULTADOS

No período analisado foram realizados 4.370.044 procedimentos cirúrgicos, sendo 1.798.890 em caráter eletivo, 2.512.302 em caráter de urgência, 12 por acidente de trabalho, 3 por acidente no trajeto para o trabalho, 22.097 por acidentes de trânsito e 36.740 por outros tipos de lesões e envenenamentos por agentes químicos e físicos.

CONCLUSÕES

Observou-se um número expressivo de cirurgias realizadas no país, sendo a maioria com atendimento de emergência (57,4%) em detrimento das cirurgias de caráter eletivo (41,16%). Haja vista que se preza por realização de procedimentos eletivos, tais dados certificam uma incoerência na assistência, o que aventa um funcionamento inadequado do sistema, uma vez que cirurgias eletivas podem ter se tornado de urgência em função do congestionamento e filas de espera, da demora ou ineficácia no diagnóstico na Atenção Primária à Saúde(APS). Tal contexto sugere um olhar mais cuidadoso por parte da política de saúde, uma vez que o procedimento cirúrgico que pode ser realizado de forma eletiva, quando se torna caráter de urgência aumenta o risco para o paciente, as complicações e o tempo de permanência hospitalar onerando ainda mais o sistema.