TÍTULO

ANALISE DAS INTERNAÇOES POR HERNIA INGUINAL, DE CARATER ELETIVO E DE URGENCIA, NO ESTADO DO TOCANTINS DURANTE OS ANOS DE 2013 A 2017.

OBJETIVO

Analisar o número de indivíduos internados por hérnia inguinal no estado do Tocantins durante os anos de 2013 a 2017. Comparar a quantidade de casos de internação de caráter eletivo e de urgências das hérnias inguinais no estado, no período descrito.

MÉTODO

Estudo epidemiológico, retrospectivo, com abordagem quantitativa do número de internações por hérnia inguinal, classificados por sexo. Somente casos notificados no estado do Tocantins – Brasil no período de 2013 a 2017 foram incluídos. Todos os dados foram retirados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS - TABNET) e correlacionados com o número de óbitos e destaca-se as internações que ocorreram de caráter eletivo e de urgência.

RESULTADOS

Durante o período, realizaram-se 4182 internações, sendo que 3616 foram para indivíduos do sexo masculino, representando 86,42% do total de casos. O ano com o maior número de internações foi o ano de 2013, com 1074 ocorrências; destes, 901 foram de indivíduos do sexo masculino e 173 do sexo feminino, representando, dentre o tempo estudado, o ano com o maior número de internações de doentes de ambos os sexos. Em relação a quantidade de óbitos, ocorreram apenas em homens, contabilizando 4 casos, de 2013 a 2017. O ano de 2014 não apresentou notificações de óbito. O caráter eletivo representou 71,75% do total, correspondente a 3001 internações; o de urgência, 1181.

CONCLUSÕES

As hérnias inguinais são uma das patologias mais frequentes que se apresentam ao cirurgião geral. Segundo Goulart e Martins (2015), a taxa estimada para encarceramento e estrangulamento é de 0,3% - 3% ao ano, o que leva a internação e pode causar óbito do paciente. Devido diferenças anatômicas e fisiológicas, é mais prevalente em indivíduos do sexo masculino, numa proporção de 3:1. Percebe-se, neste trabalho, alta incidência das internações no sexo masculino, 86,42% do total. Além disso, os óbitos ocorreram todos no sexo masculino, durante o período estudado. Ainda segundo Goulart e Martins (2015), a cirurgia urgente apresenta 2.2% de risco de mortalidade, e comparado à de rotina, a urgente aumenta em 7 vezes, podendo alcançar 20 vezes se houver necessidade de ressecção intestinal. A taxa de internação por urgência alcançou quase 30% neste estudo. Deve-se trabalhar melhor o diagnóstico precoce e naqueles pacientes que forem passíveis de cirurgia, realiza-la precocemente para impedir suas complicações.